Fragmento
17
Tudo
o que falo é errado. Dizem que tudo o que sou é o erro. Sou exímio
perdedor. Não atraio. Não há admiração. “Não sofrer é mau!”
Minha voz é rouca. Meu verso é estranho. Meu linguajar, pedante.
Meu corpo é magro. O que sou afinal? Sou eu. Eu sou só eu. E isso
irrita.
A
cidade move-se por ações nobres, todavia, ações nobres não movem
cidades. (explico!) Parece haver o bem por detrás de tudo o que se
apregoa nas escolas e nos anúncios ministeriais, porém, não se
iluda, a integridade não se mede pelo tanto de palavras bonitas que
se diz (ou por imagens dissimuladas que se mostram).
Bravo! :p
ResponderExcluirValeu. Dou uma de prosador também. Penso ser melhor na prosa mesmo, modéstia à parte.
Excluir