quarta-feira, 27 de abril de 2016

Como Não Deixar Que Tolos Falem - RF Amaral


Como Não Deixar Que Tolos Falem

A primeira coisa a que se deva apegar, para que se possa fazer cativa a audiência, é ao interesse comum. E, logo, a pergunta que vem à mente é: E se o alvo do interesse sempre for frívolo? Bem... Nesse caso, para quem pretende enveredar pelos caminhos da condução da mesma a vias de mais produtividade intelectual, deve-se deixá-la estupefacta ou mesmo "lançá-la ao chão" contínuas vezes até que os integrantes dela fiquem tão quebrantados que nem possam sequer intentar mais reações, quanto mais colocá-las em prática. O estarrecer dos ouvintes pode vir pelo uso de diversos recursos. A erudição segura, demonstrada com extrema naturalidade no falar, pode ser um meio. Agora, é claro que, se formos citar assuntos (não recursos legítimos!) que prendem a atenção de todos (não há tantas exceções assim!), teremos que listar coisas tais como: acidentes (com parentes!), mortes, assaltos, falências, escândalos sexuais, espacamentos (envolvendo entes em evidência), abandonos de incapaz e específicas burlas políticas. Há coisas outras que poderiam ser acrescentadas, mas as tais já bastam. A expressão "lançá-la ao chão" posta linhas anteriores diz respeito à confrontação e triunfo seguidos diante do que tenta levar a conversa para velhas estadias comuns e sem proveito intelectivo. Mas ainda pode apontar para o fato de se lançar uma enchurrada de ideias bem concatenadas que possam minar as energias dos retrucantes. O ouvinte tem que ser sempre ouvinte. Deixemo-no falar por cortesia o que já sabemos que falaria e, logo, tomemos as rédeas da conversa com argumentações tão altas que o mesmo não ousaria nem pensar em questionar. Não é uma ditadura. Todos podem ir embora quando der vontade. Mas o caso é que só irão de fato diante do frágil controle mantido pelo orador. Mulheres mantêm outras em grandes rodas contando-lhes mexericos, mas homens que buscam resultados nobres apegam-se ao conhecimento para conseguirem isso. Deixar a turba seguir com seus "papos" de bebedice, prostituição e ostentação é coisa temerária, pois, à frente, o ensurdecedor som de conversas imprestáveis pode vir a acordar-nos no meio da noite.
O que temos a fazer, por fim? Vejamos. Quando se vai à praça, por exemplo, senta-se num banco onde já estão outros conhecidos e se tenta manter algum vínculo com os tais frente à realidade que se vê já configurada. Sabendo-se que o assunto gira em torno de, por exemplo, consertos de motocicletas quebradas (que não é de todo ruim!), mas, tendo-se a nítida impressão de que os proponentes de tal assunto digladiam, buscando cada qual para si a maior atenção e reconhecimento, entra-se na "arena", procurando-se desviar o foco, mas isso, correlacionando as ideias sem deixar-se que possa ser notado o desvio. Tipo, quando conversamos, muitas das vezes, nem nos damos conta de como viemos parar em assuntos últimos. Isso se dá, à medida que se ache implicações ligadas visceralmente ao que já se fala. Dessa forma, torna-se natural a mudança de assunto, pois, dada a complexidade da implicação a qual se chega, os dialogantes não se encontram ou preparados para vencê-la rapidamente, ou tão atidos às falas precedentes para tornarem às mesmas, deixando-se levar. E dali a coisa toma proporsões gigantescas, indo a horizontes bem desconhecidos. Cabe, ao que desvia o assunto de forma premeditada, levar os, agora ouvintes, ao campo desejado.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

A Força Por Trás de Tudo - (Manipulação da Volição) - Parte 2


A Força Por Trás de Tudo - (Manipulação da Volição) - Parte 2

Quando postulo que para solucionar-se o problema do descobrimento do "Fator-Mor" que estaria a subjazer todas as atitudes individuais - ou não indo a tal extremo - pelo menos, as que têm o potencial de gerar conseqüências hipervaloráveis têm-se que partir da idéia de algum tipo de "Manipulação Global", eu, não necessariamente, adentro ao campo de uma barata "Teoria Conspiracionista", visto que é sabido que estudos iniciados por B.F. Skinner e, em outro instituto, Noam Chomsky mostram claramente que tal idéia não é proposição inválida.
Depois desta asseveração basilar posta para a minha autopreservação ideológica, quero seguir meus argumentos, mostrados de forma mais impessoal, na primeira parte desta reflexão.
O ponto a que se chega, no fim das contas, após longos períodos de estudo, é que, para resolvermos problemas complexos demais, devemos, primeiramente, achar um jeito de simplificá-los por vias ou da comparação (vide "Armas Silenciosas Para Guerras Discretas") ou do apelo a um ponto gerador do desenrolar do processo todo. Se o ponto é econômico, temos que para que se faça destrinçado requerer-se-iam análises das implicações concernentes a ele. De fato, o lucro não pode vir, sem sua maior implicação, o planejamento. Claro que se poderia dizer que o que vende bombons na rua não atenta para isso. Fato é que coisas fáceis, às vezes, exigem conclusões dedutíveis tão fáceis que essas acabam por vir "instintivamente" (não pretendo aqui ater-me à explicação da natureza desse "instinto). Coisas complexas "é" que exigem sempre conclusões mais intrincadas! Investir na "Bolsa de Valores", por exemplo! Mas entenda-se que o que chamo de "conclusões" não são ainda "finalizações", mas sim, o fechamento do raciocínio (ou implicação) só da primeira ideia que advém do desejo de obter-se lucro. Pensou em lucrar; pensou em planejar! Do planejamento advirão outras conclusões, assim sendo, o fechamento do raciocínio de uma segunda ideia. E assim por diante. Mas tudo sempre estaria embrionado na intenção inicial, no caso em questão, "Querer Lucrar".
Na verdade, você pensar em lucros advindos de um "Mercado Mundial" (e aqui postulamos um "Vendedor Supranacional"!), não é tarefa fácil, visto que as pessoas (governantes, financistas, corporativistas, propagandistas e outros "istas" envolvidos no negócio ou na regulamentação deste. E ainda os consumidores!) são os rotacionadores de toda uma "Engrenagem Comercial" e, tendo vontades diversas, optam por coisas diversas na hora das compras. E como fazê-las desejar coisas favoráveis aos, no começo, ainda aspirantes a "Manipuladores"? Isso não é fácil e, por não o ser, "Teóricos" que, como eu, tentam deslindar todo o "Funcionamento do Mecanismo", muitas vezes, são taxados de entes dados a acreditarem em "Contos de Fada". Ainda isso por que tal "Funcionamento" nem sempre se dá de forma tão "seqüencial" e aparentemente lógica. Vou exemplificar. Digamos que eu, sendo um dos "Manipuladores", achasse a maior mina de ouro do mundo, mas todos estivessem com os olhos voltados para alquimistas do Azerbaijão que se viam prestes a tornar qualquer metal em ouro... Ou digamos que eu achasse o maior poço de petróleo, deste mesmo mundo, mas todos estivessem voltados para engenheiros do Moçambique prestes a desenvolver um motor-contínuo para a fabricação de energia... E aí? O que eu faria? Simplesmente os mataria?... Mas e a natureza secreta dos meus planos? Veja! Ao postular uma situação favorável a mim, eu poderia mostrar-lhe uma configuração bem estranha que a realidade tomaria. Vejamos. O problemas dos alquimistas daria para resolver assim: eu poderia investigar com que tipo de elementos químicos eles estariam a trabalhar e encontrar indícios, nestes elementos, de que estes tais liberariam, dado o desconhecimento dos parâmetros de manuseio, radioatividade tal que poderia vir a infectar milhões de seres humanos. Isso, ainda que eu mesmo, antes os tivesse usado em experimentos, secretos ao grande público. O povo ficaria estarrecido, isso a depender da veiculação midiática, e sairia à rua pela desistência do projeto alquímico. Ou, então, eu poderia fazer-me a única pessoa capaz de tomar a frente de projeto "tão salutar à população!" Conseguindo isso através da veiculação noticiosa do meu imenso potencial de inibir ou mesmo eliminar qualquer malefício (este, postulado anteriormente) que pudesse ser acarretado no decorrer do processo a ser empreendido. Quanto ao problema dos engenheiros do motor-contínuo, eu, dado o alto custo do projeto, por causa dos honorários milhonários cobrados pelos tais, poderia, secretamente, viabilizar uma crise na saúde por falta de vacinas para determinada doença, já intensificada por mim mesmo, e tornar os investimentos no projeto do Motor-Contínuo inviáveis. Ou gastariam com o povo; ou com "sua diabólica ganância por dinheiro!". As pessoas iriam às ruas. Pessoas doentes. Umas, beirando à morte, encheriam os hospitais já superlotados. E, assim mais um projeto seria descartado ao meu inteiro favor. Mas, não pense que isso eliminaria minha sanha por "Dominação"! Eu iria, de pronto, atrás de copiar os documentos do, antes, tão almejado projeto. E, "me dano", se à frente eu não o lançasse, dizendo ter descoberto outra forma de fazê-lo e com melhor condições de pagamento: "A população sempre em primeiro lugar!" - diria, no meu comício de reeleição, após o sucesso do "meu" grande projeto inovador revolucionário.
Percebe como, mesmo através de situações fictícias (nada perfeitas, convém dizer!), dá para mostrar como é complexo o "Jogo do Poder"? E poderia ainda se tornar mais! Pois as situações colocadas não passam nem perto das vivenciadas no dia-a-dia! Caso é que, às vezes, os "Manipuladores" são "obrigados" a agir "como" se contrariamente aos seus lucros. E aqui está o que destrói a mente de analistas do mundo inteiro que enveredam pelo campo das "Especulações Teóricas". O cara desiste, ao ver qualquer desconformidade com o seu previsto plano. Muitos não reconhecem que, muitas vezes, é preciso entregar uma "Rainha" (refiro-me ao jogo de xadrez) para, só aí, levar a cabo o plano do futuro cheque previsto. É isso!
Continuarei tal reflexão em partes posteriores. Até lá.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

A Força Por Trás de Tudo (Volição Manipulada) por Felipe Amaral


A Força Por Trás de Tudo
(Volição Manipulada)
por Felipe Amaral

Huxley já falava de uma "força" invisível que estaria a gerenciar os eventos do mundo. Chomsky deixou seu aviso, ao conjecturar estratégias que bem poderiam já estar sendo postas em prática há muito tempo. Tenho a imaginar que, ao que parece, esses nunca estarão sozinhos nesta via. 
O laborar em contínuas pesquisas pode levar-nos a conclusões incríveis. Tão incríveis que uma grande soma de intelectuais relegarão a invencionices bobas. 
Quando compro um automóvel ou mesmo uma resumida quantidade de artigos essenciais ao lar, vejo-me dado a pensar - só agora! - que tais atitudes estão tão relacionadas entre si e com outras tão diversas que poderia passar horas e horas confabulando maneiras de desvendar seus resultados efetivos.
Perdoem-me os que me achincalham, mas, muitas das vezes, chego a refletir sobre íntimas consequências apenas por questionar-me acerca da compra de um "refil" em detrimento de outro. Na verdade, conjecturo tanto no tocante a isto que chego a ponto de temer por minha vida. Tenho a dizer que, levando-se em conta as manobras escancaradas dos poderosos ligados ao mercado de ações, minhas inclinações a temor tal não são, de todo, desprovidas de razão. Um pacote de café de uma determinada marca poderia ter sido tão alardeado por meios midiáticos - isso envolvendo altos custos para as empresas! - que os empresários por trás do mesmo e, até mesmo, os próprios publicitários, que mancomunam, buscando formas de influenciar potenciais consumidores, facilmente, seriam levados, dada a grande baixa nas vendas do tal produto, a tomar medidas tão complexas que requereriam um grau elevadíssimo de conhecimento e inteligência para entendê-las e se chegar, posteriomente a uma confrontação de dados que permitisse, por sua vez,  alçar conclusões tais que cobrissem toda uma gama de respostas às implicações geradas pelos eventuais blocos de circunstâncias prefixados por tais agentes. Fato é que se teria que apelar para supercomputadores. E não é isso que fazem?! A atual conjuntura sócio-político-cultural-econômica, dados os 7 bilhões de habitantes recenseados na Terra, requer um intrincado meio de se lidar com os dados alcançados para que, só assim, possa-se chegar a conclusões confiáveis.
Citar nomes de agentes que estariam por trás do que bem poder-se-ia chamar de "Conspiração Global" é algo corrente e a tal método eu não me oponho totalmente. Veja! Sou só um inquiridor em meio a "bilhões  e bilhões" de "estrelas" desse cenário, então não poderia dar-me a críticas premoldadas pelo meu humano, mas nem sempre racional, senso de desconfiança! Há muitos que o fazem. Como já referido, intelectuais. O caso é que, ao citar nomes, como o dos Rothschild ou Rockefeller, por exemplo, eu poderia desviar-me do enfoque central. Tal procedimento ser-me-ia como um apelo a um erro metodológico, sendo eu um generalizador, ou seja, uma pessoa, não que é dada a "generalizações", mas a buscar o "cerne" das coisas, "cerne" esse que poderá/poderia me colocar - creio eu! - na condição de manuseador do que chamo de "Dados Gênesis", que estão por trás da generalidade dos eventos. Na verdade, eu fui levado a tal "Filosofia de Pesquisa" (e a chamo assim por causa de suas fortes implicações nesta área) após deparar-me com a incapacidade de manter na memória tantos dados, coisa essa necessária à futura confrontação dos mesmos, confrontação essa, por sua vez, geradora de conclusões "cabais".
Não tenho me atido a personalidades específicas. Creio dever fixar-me nas ditas "Motivações". As coisas acontecem sob "Blocos de Circunstâncias". As circunstâncias - acredito eu! - nunca são de "Causação Casual", ou seja, geradas ao/pelo acaso. A circunstância em que me encontro pode conter a resposta futura imbutida em suas implicações. Apesar de não acreditar na velha idéia de que "só" somos "Produtos do Meio" em que vivemos, penso que tal pensamento filosófico pode levar-me a boas conclusões, tendo em vista a existência de uma "Conspiração Global" ou, ainda mais especificamente, uma "Manipulação Global". Se as ações são prefabricadas, ou induzidas de modo prévio, temos que vivemos em um mundo montado e as peças somos nós. Mas o leitor poderia questionar-me a respeito da minha escolha em escrever sobre tudo isso... Ao que eu responderia, levando-o novamente à minha afirmação supracitada (ao menos, implicitamente!) da minha descrença quanto a sermos produtos "só" do "Meio". Mas a isso não me aterei por agora (e creio, querendo Deus, nem depois!). O trabalho aqui é apontar, dentro de cenários montados, as intenções subjacentes que dão à luz ações favoráveis a eventuais monipuladores.

Ao leitor, fico por aqui, comprometendo-me com o voto de dar continuidade a esta reflexão. É isso!

A Vida de Jó (poeta Felipe Amaral)


A Vida de Jó
(poeta Felipe Amaral)

Na terra de Uz existia
Um homem que a Deus temia,
Denominava-se Jó.
Esse não vivia só,
Mas, sem contar empecilhos,
Com três filhas, sete filhos
E servos em grande soma.
Seus bens - a história retoma:
Contava-se sete mil
Ovelhas no pastoril;
Três mil camelos cevados;
Quinhentas juntas, nos prados,
De bois do melhor que há;
Quinhentas jumentas lá
Espalhadas no terreno;
De sorte que era pequeno
Todo abastado que houvesse
Naquela terra e tivesse
Muita coisa em seu poder.
Poder-se-ia se dizer
Que o maior do Oriente
Era Jó, devidamente.

Reciprocamente, os filhos
Visitavam-se, nos brilhos,
De datas celebrativas
E chamavam pras festivas
Comemorações as três
Irmãs. E, por sua vez,
Cada qual dava um banquete
Sem nem carecer lembrete.
Porém, tendo decorrido
Número estabelecido
De dias dessas festanças,
Jó os chamava à mudanças
De prática e os colocava
Diante de Deus e mandava
Cada um se santificar.
Também Jó, ao acordar
De madrugada, lembrava
Dos tais e sacrificava
Segundo o número deles.
Por que suspeitava que eles
Pudessem ter cometido
Pecado, esse concebido
Dentro dos seus corações.
De Jó essas tais ações
Eram contínuas na lida
Cotidiana da vida.

Ora, houve um dia marcado,
O qual já era chegado,
Em que se apresentariam
Os "filhos de Deus" que haviam
De vir em reunião.
Só que, em meio à legião
Dos anjos celestiais,
Veio o maior dos rivais
Do Criador Soberano.
Era o horrendo e profano
Acusador Satanás,
Que, entre suas idas más,
Resolveu aparecer
Ante Deus para poder
Contemplar a convenção.
Vendo Deus sua feição,
Perguntou: - Donde vens tu?
E, Satanás, sem lundu,
Disse assim para o Senhor:
- De rodear o setor
Da terra por Ti criada.
Disse mais a Satanás
O Senhor, de modo audaz:
- Notaste o meu servo Jó?
Ali no terreno pó
Não há outro semelhante,
Um homem justo e constante,
Que me teme e o mal despreza.
Ao que Satã retrucou:
- Porventura eu não estou
Vendo que Tu o cercaste
De bens e o abençoaste
Sobremaneira na terra?
Por isso é que ele Te segue,
Por tudo que foi entregue
Nas suas mãos por Você,
Pois lhe está tudo à mercê!
Mas estende a tua mão
E tira a sua porção
Lá na terra dos viventes
E verás perante as gentes
Se ele não blasfemará
Diante da Tua face.
E Deus disse a ele: - Passe
Por cima do que ele tem.
Ponho agora cada bem
Que possui no teu poder.
Só não podes estender
A mão sobre a vida dele.
E Satã, então, saiu
Diante de Deus e partiu.
Assim, num devido dia,
No qual um banquete havia
E os filhos de Jó se achavam
Festejando, e os bois lavravam,
E pastavam as jumentas,
Deram hostes violentas
Sobre os muitos animais
E os levaram dos currais,
Matando uns servos de Jó.
Sendo que um deles, um só,
Restou pra contar-lhe o fato
Do que se deu lá no mato.
Mas, ele ainda falava,
Quando alguém se apresentava,
Vindo trazer-lhe outra nova:
- A minha vista comprova!
Que fogo de Deus caiu
E queimou o que se viu
Estar nos demais currais.
Consumiu os animais,
Mas eu somente escapei
E vim aqui, pois achei
Que o meu senhor deveria
Saber o que acontecia.
Porém, por grande desdita,
Enquanto o servo ali cita
O acontecido, outro vem
E põe-se a falar também:
- Patrão, vieram caldeus,
Eram três bandos dos seus,
E deram sobre os camelos
E os levaram sem apelos,
Matando servos à espada.
Vendo isso eu tomei a estrada
E vim contar ao patrão
O acontecido em questão.
Mas este ainda narrava,
Quando outro servo chegava,
Todo ofegante e suado,
Vinha dar outro recado
de outro caso que se deu.
Disse: - Cada filho teu
Estava feliz e eu, perto,
Vi soprar, lá do deserto
Um vento num torvelinho
Que causou um desalinho
Nas estruturas da casa
E, como um tufão que arrasa
Tudo que vê pela frente,
Fez vir sobre aquela gente
A estrutura todinha
E eu corri, por que convinha
Trazer-lhe sem imperícia
A referida notícia.

Os Governantes Discretos Da Nova Ordem Mundial (A Guerra Silenciosa) Poeta Felipe Amaral


Os Governantes Discretos
Da Nova Ordem Mundial
(A Guerra Silenciosa)
Poeta Felipe Amaral

Há uma reunião
De homens de alta posição
Que estão a arquitetar
Tudo o que vem a se dar
No cenário mundial.
Uma supranacional
Convenção instituída
Que nos gerencia a vida,
E a morte com seu poder.
Tudo o que vamos fazer
Parece já ser moldado
De antemão, e fabricado
Visando a dominação
De toda a população.
Mas alguém pode pensar
Que tudo só venha estar
No campo especulativo.
Mas nada é constitutivo
De conversas triviais
E sim de fatos reais
Que podem ser apontados,
Tendo-se os olhos voltados
Para além das aparências.
Caso é que as experiências
Bem podem nos ajudar
No instante de se apontar
As dadas conspirações.
É que existem intenções
Por trás das ações tomadas.
Subjazem, programadas,
As intenções verdadeiras
Em cada fato ocorrido
Num governo instituído,
Em cada eleição corrente,
Em cada vida presente
No cenário das finanças,
Nas propostas de mudanças,
Nas leis que nos são impostas,
Noutras medidas propostas
Pra qualquer regulação,
Nos bastidores estão
Sempre os Grandes Mandatários
Do mundo e os seus ideários.
Perceba tudo o que passa
Na mídia tal que ultrapassa
Todo senso de ridículo.
Perceba em cada cubículo
Da redação de um jornal
A farsa institucional.
Perceba por sua conta
O descaso e a afronta
À sã racionalidade.
Veja que há pouca verdade
Naquilo que é veiculado.
Existe como um mercado
De influências definido
A favor do que é trazido
De alguma fonte obscura.
Todavia, a mídia jura
Falar a plena verdade
E, atendo-se á falsidade,
Esconde o que está por trás
Das suas notícias más,
Dos seus programas sem nexo,
Numa apelação ao sexo,
Dos seus auditórios cheios
De tolos, tomando os meios
Que deveriam ficar
Na direção exemplar
De intelectuais honestos,
Fazendo-se manifestos
Talento e discernimento
Frente ao entretenimento
Que incute um senso analítico,
Intuitivo e sócio-crítico
Nas mentes de todo o povo.
Mas o que vemos no aprovo
Das emissoras é lixo,
Programação sem capricho
Que faz a mente murchar.
E isso tudo vem dar
No que foi supracitado,
Domínio prefabricado,
Automação definida,
Volição desenvolvida
Para decisões forjadas,
Antes já confabuladas,
Não por nós, mas pelos tais
Que manipulam jornais,
Auditórios, redações,
Agências, repartições
Do todo institucional.
Mas tudo é tido por nada.
A coisa vira piada
Na boca de jovens "céticos",
Todavia, nada ecléticos
Nas suas "muitas" pesquisas.
Há pessoas indecisas
Que questionam com afinco
E com as tais eu não brinco
Quando da argumentação.
E, no fim, fala a razão,
Que, apesar de não ser posta
Toda a cargo da proposta,
Aceita alguns postulados,
Entendendo que há errados
Motivos que direcionam
A informação e tencionam
Moldar mentes alienadas
De tais propostas alçadas.
Fato é que, por mais que eu fale,
Fica sempre um grande vale
De infecundos pensamentos
Imperando nos segmentos
Da grande sociedade.
Acostumam-se co'a grade
Que encarcera o raciocínio
E nos coloca em declínio
Mental, na conformação.
Certo é que a informação
Não é mesmo veiculada
Corretamente e é eivada
De infrutíferos padrões
Que servem as transações
De um mercado ideológico
Sem viés metodológico
Honesto e imparcial.
Eis o cenário estatal.
Eis o cenário do mundo.
Todo ele anda em um profundo
Controle internacional.

Aurora Da Nova Era: A Escravidão Total (poeta Felipe Amaral)


Aurora Da Nova Era:
A Escravidão Total
(poeta Felipe Amaral)
1
Há uma organização
Secreta na condução
Do mundo neste momento.
Quando do seu advento,
Integraram-se a ela
A trupe que se revela
Como a de mais influência.
Tomemos nós, pois, ciência
Que as grandes corporações
Vão por trás das decisões
De qualquer chefe do mundo.
É um controle profundo
De terríveis proporções
E incríveis intenções
Que impera em todo este globo,
Por trás da paz ou do afobo (^)
De sistemas de governo,
Num grande complô interno.

Faz-se muito necessário
Escrever um inventário
De toda a subjugação
Da tola população
Por parte dos governantes,
Que seguem complôs chocantes.
Certo é que, você, leitor
Assistirá, no labor
Desta leitura, o momento
Desse horrendo nascimento
De um Estado Global
De cunho Policial
Que, por tão mau, tudo abraça
E, sendo assim, ultrapassa
Até o pior pesadelo
De Geoger Orwell que, com zelo,
Profetizou sua vinda
E a colocou na berlinda.

Eis um governo invisível,
Onipotente, invencível,
Que toma os fios da sombra,
Com um poder que assombra,
Controla Estados Unidos,
OMS e, os conhecidos,
FMI e o grande Banco
Mundial - tô senso franco! - 
A União Européia
E a ONU, co'a mesma idéia.
E aqui tudo se revela;
Face de toda mazela:
A história do terrorismo
Promovido, no egoísmo,
Pelos governos que vemos;
O atual controle que temos
De nossa população
Via manipulação,
Medo e, o que é mais espantoso,
O projeto silencioso
E discreto da "N.O.M",
Ante o qual, o mundo treme,
Que a "Nova Ordem Mundial"
Paira em sigilo total.
Grupos nos quais prevalece
Essa sede, que só cresce,
Pelo poder necessário
Ao domínio autoritário.
E o povo mantém-se aquém
De tudo aquilo que vem
Para a sua alienação,
Consumindo a imposição
De Bloco tão opressor.
Eis os "senhores do mundo",
Arquitetando o profundo
Plano da automação
Da massa em toda nação
E matando os discordantes!
Eis os instantes chocantes
Da implantação do absurdo
Ante um povo mudo e surdo.
Seguindo eu aqui, centrado
Nesse tão obscuro lado
Da notícia do jornal,
Da informação estatal
E de todo hebdomadário,
Descortino hoje o cenário
Secreto, irreconhecível,
Perverso e incognoscível
Do "reallity" mundial,
A escura face do mal.

Frente ao desenvolvimento
Que ferve a cada momento
Na área da tecnologia,
Comunicação e, em via,
Do conhecimento alçado
Sobre o homem e lançado
A serviço da visão
De uma humana automação
Por meio da engenharia
Da conduta social,
Vê-se um favorecimento
Do que, em outro momento,
Não via consumação,
Mas, hoje, dada a razão
Desses enormes progressos,
Já se vão vendo sucessos
Reais numa atividade
Que promova, na verdade,
Uma manipulação.
Visto é que cada medida,
Separadamente havida
Por digna de ser tomada,
Pode ser considerada
Uma coisa aberratória,
Muito embora a trajetória
Do conjunto de mudanças
Contínuas, sem esquivanças,
Já se constitua, em tento,
Consumado movimento
Pra Escravização Total
Ao Controle Mundial.

Nas décadas últimas, os mais
Famosos e geniais
Psicólogos do tablóide
(Jung, Skinner, Sigmund Freud...)
Foram muito utilizados
Para os fins já projetados
Do Governo Mundial,
Através de institutos
Apoiados por astutos
Conspiradores no enfoque,
"Stanford" e "Tavistock",
Embora nós não saibamos,
Por isso, não repassamos,
Até que ponto informados
Foram dos já prefixados
Objetivos em menção,
De mundial dominação.
Investigações e ensaios
Foram servindo de aios
Na condução conclusiva
Do vasto conhecimento
Que envolve o comportamento
Da humana natureza,
O que levou a certeza
De que este comportamento
Não pode, via incremento
Punitivo impositivo
Ou reforço negativo,
Vergar-se á automação,
Mas através da indução
Por positivos reforços,
Brindando assim os esforços
De um tal manipulador
Com um agir promissor
Aos planos prefabricados.
É que a via negativa
Dos reforços incentiva
Também o lado que gera
A rebeldia severa,
A raiva e a frustração.
E, embora haja produção,
Em uma certa medida,
Da resposta pretendida,
Mediante dispositivo
Tão abrupto e agressivo,
Hoje eles, depois do abuso,
Foram postos em desuso...

Divagações de Poeta (por Felipe Amaral)


Divagações de Poeta
(por Felipe Amaral)

Divaga, minh'alma.
Livra-me do trauma
Da perda da paz
Que me satisfaz
O agre coração.
Traz-me a condição
De ir ao infinito
Voando num rito,
Deixando este chão
Cheio de aflição
Que prende o meu ser
Ao hostil poder
Das grades do mal
Que me faz mortal
E a calma elimina.
Meu ser se destina
À aura divina
Que envolve o poeta
E fá-lo um esteta
Que busca o Nirvana
Da paz sobre-humana;
Da fé confortante;
Da luz incessante;
Do ardor que o alenta;
Do alvor que sustenta
O espírito puro;
Do porto seguro
Que oferta conforto;
Do silêncio absorto
Da mente em sossego;
Do são desapego
Da matéria morta
Que o ser desconforta
E em dor o encarcera;
Da vida feliz;
Da força motriz
Da santa esperança;
Da'alma que descansa;
Do canto dos anjos,
A voz dos arranjos
No Azul Sideral;
Da foz da caudal
Da consolação;
Da santa visão
Do santo lugar;
Da chance de estar
No Céu Indiviso;
Do alvo Paraíso;
Do divino Altar,
O alvo limiar
Da Glória celeste,
Certeza inconteste,
Pureza em marfim,
Beleza sem fim,
Riqueza da Glória,
Riso da vitória,
Amor sem final,
Favor sem igual,
O Santo Fulgor...