terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Eis a glória revelada / Da imagem do Senhor! (Cl 1.15; Hb 1.3)

Eis a glória revelada
Da imagem do Senhor!
(Cl 1.15; Hb 1.3)

Vede o Vicário Cordeiro
Que dos altos céus desceu.
O resgate que nos deu
O Pai justo e verdadeiro.
Vinde ver este luzeiro
Que nos conduz ao fulgor
Que resplandece “do” amor
Dessa criança sagrada.
Eis a glória revelada
Da imagem do Senhor!

Fitai a face do Filho
Que, por nós, nasce em Belém.
O resgate que advém
Da Luz do celeste brilho.
Desvencilhai do empecilho
O coração pecador
Pra que refulja o alvor
N'alma por Deus libertada.
Eis a glória revelada
Da imagem do Senhor!

Achegai-vos, ó contritos!
Rendei-lhe cânticos sãos.
Eis que vos estende as mãos
O Deus dos céus infinitos!
Vinde! Cantai! Ó benditos
Do Soberano Pastor
Que guia ao Santo Esplendor
A alma aflita e cansada.
Eis a glória revelada
Da imagem do Senhor!

Contemplai a refulgência
Que nos indica o lugar
Do nascimento sem par
De um Rei de Divina Essência!
Prostrai-vos em reverência
Ao Deus Justificador
Que desvencilha da dor
Toda a alma angustiada.
Eis a glória revelada
Da imagem do Senhor!

Andai! Andai! Caminhemos!
A luz já fulge nos céus
Clareando escuros véus
Para que o Rei encontremos.
Dádivas sem par Lhe demos.
Avante! Eis o resplendor
Que conclama o adorador
A seguir em caminhada!
Eis a glória revelada
Da imagem do Senhor!

Celebrai o Homen-Deus
Que da Santa Residência
Veio à terra, na'incumbência
De salvar os servos seus.
Menino Rei dos judeus;
Sacerdote Intercessor;
Profeta e Resgatador
Da ovelha desgarrada.
Eis a glória revelada
Da imagem do Senhor!

Exultai ante o bondoso
Deus que seu Trono deixou
E, humildemente, baixou
A este mundo maldoso.
Salmodiai em ditoso
Dia em que o Deus Provedor
Envia o Consolador
À alma já desolada.
Eis a glória revelada
Da imagem do Senhor!

Veio ao mundo a Luz Divina
Que os humanos guia aos céus,
Dissipando os escarcéus
Do Rebel que se amotina.
Eis o fanal que ilumina
A senda do pecador,
Trazendo-lhe o resplendor
Da habitação sagrada.
Eis a glória revelada
Da imagem do Senhor!

Exaltai ao Rei divino
Que, em preço de redenção,
Veio à imediação
Dos homens dar-lhes ensino.
Todo ser que é peregrino
Neste mundo sofredor
Glorifique com fervor
Ao Filho em sua jornada.
Eis a glória revelada
Da imagem do Senhor!

Glorificai o sagrado
Filho que, dos céus de paz,
Justificação nos traz,
Ao ser aqui enviado.
Ó exultai! É chegado
Nosso doce Redentor;
O Rei Purificador
Da geração resgatada.
Eis a glória revelada
Da imagem do Senhor!

Cristo, nascido em Belém,
Livra-nos da perdição.
Cumpre aqui sua Missão,
Ao conduzir-nos ao Bem...
Já que o madeiro não tem
Força contra o Criador,
Eis que, da morte, o Senhor
Ergue-se na alvorada.
Eis a glória revelada
Da imagem do Senhor!

Autor: Poeta Felipe Amaral
Tabira 07/12/2015

Fingindo Sonhar – Felipe Amaral

Fingindo Sonhar – Felipe Amaral

Estou andando pelas ruas de uma cidade bem iluminada. Falo com uns amigos. Mostro um livro. Dirijo-me à biblioteca. Mas, ao pensar nisso, começo a voar. Rolo nas nuvens, que são como colchões de água. Fico pairando. Já não sinto as pernas. O corpo vai ficando para trás. Lembro um por-do-sol. Talvez, de algum passado distante. É o que dá a pensar. Corro por ruas vazias. Abro os braços. Entro em vielas estreitas e saio em outros planetas. Saio em ruas europeias. Estou no espaço sideral. As estrelas me cercam. Vou me sentindo à vontade. Relaxando... relaxando... relaxando... Um sonho acordado. Estou fraco, mas me sinto bem. A consciência, atenuada. Agora entro por uma porta feita de luz. Olho dentro e vejo livros e livros. Minhas memórias. “Subconsciente, compacte-se e cai dentro do meu consciente, como um grão de areia no vácuo infinito” - sugestiono-me. Vejo-me empurrando algo muito pesado para que caia embaixo em um galpão vazio. Mas, ao que cai, tudo parece leve. Transforma-se num pequenino grão. Ali estão todas as minhas memórias armazenadas. Vou consultar uns livros do montão enorme que há. As salas da biblioteca da mente estão repletas de livros. Tiro um e começo a ler. Não me preocupo em ver o conteúdo, no que tange ao meu consciente, pois, de alguma forma, inconscientemente, estou vendo-o. Leio-o. Absorvo aquilo que não sei bem o que é. Lembro de um livro que li. Não consigo recordar o título do mesmo. Mas não importa. Eu tenho tudo na minha mente. Eu preciso crer que tenho tudo dentro da cabeça. Posso aprender o que quiser. “Quando acordar, você poderá absorver o que quiser. Não há limites” - sugestionei-me. Tudo parece simples. A sensação de imaterialidade. Sensação de leveza. Flutuo. Flutuo. Vou para o infinito. Corro no céu noturno. Entro em outras dimensões. Posso estar pelo chão de casa e sair dentro de um imenso buraco negro. Sou um viajante. O tempo não me detém. Não há espaço definido. A mente viaja. E, agora, não dependo da atenção de ninguém. O prazer de ser só, embora veja sempre a boa necessidade de Deus batendo-me a porta do coração. Sou livre em Deus. Sou guiado à luz das constelações. Palavras que saem, saem, saem... O vento que sopra. Sou como a brisa. Sempre me conforto com a ideia de ser como a brisa ou mesmo ir com ela. Como folha ao vento. A aragem é uma ideia reconfortante. Há muito prazer em pensar sobre a brisa soprando. Dias de céu cinzento. Um passado que não ficou distante dos olhos das lembranças. A lua inspira-me. Os poemas saem com facilidade. Não há desconforto. Não há mais necessidade de esforço para nada. Tudo o que é dor se esvai. Estou livre, plenamente livre. Saí do corpo (este corpo degenerado). A alma anda. Ela encontra o vácuo. O silêncio eterno. O repousante frio eterno. Não me refiro à cova. Refiro-me ao gozo de se estar solto. Posso voar. Voo mais um pouco. Tudo é possível. Não há esforços a fazer. A luta do dia a dia passou. Não há mais flata de fôlego diante das inquietações antes tidas. Não há sofrimento. O mal se foi. Tudo é o vácuo. Não um vão sem sentido, mas um lugar de repouso constante. A mente se sente bem sozinha. Ela nem precisa cantar. Relaxa em silêncio. Há um ponte que leva ao outro lado do cosmos. Mares enormes de luz. Mergulho nas ondas. Sinto a água fria. Refrescante. Não há calor torturante. Não há sufoco. A respiração é livre. Sou feito de ar. Não há adversidades. As aflições ficaram para trás. Não há testes. Provas não há. Ninguém cobra ninguém. Não há cobrança para que o ser se torne o que se impõe. Tudo são rios. Tranquilidade. Imperturbabilidade. O céu de Deus. Não há prisões. Não há grilhões. Algemas não há. O peito se enche de ar e pode-se correr pelo infinito. Pode-se contemplar a face da paz. A verdade existe sem esforço. Não há que se provar nada. Tudo é evidente. Debates não há. Só êxito em tudo. Alegria sem fim. Pego uma estrela nas mãos. Sou gigante, sou pequeno, sou o que quero ser. Sou livre para escolher de fato. Deito-me no céu. O firmamento é frio. Não há escuridão estressante. Não há trevas malignas. Tudo é luz sem causar dor aos olhos do que a vê. Jesus sorri. Deus me guia. Sou levado como a pluma. Gozo sem fim. Paz sem fim. A vida da terra não é nada comparado a isso. Evito lembrar-me do que sentia na terra. A vida no mundo decadente é fugaz e sem propósito. Incerta. Não há lógica. Aqui a lógica flui nas veias. Tudo é certo e bom. Deus governa tudo. A calma permeia tudo aqui. O alento é infindo. Acalanto constante. Não há dor. Não há choro. Não há nada. E o nada é reconfortante. Não um nada sem sentido! Um nada preenchido da glória divina. O Criador anda sobre os céus. Estamos bem. Estou muito bem. Quero pular, gritar, cantar, correr, dar cambalhotas, mas, mesmo sem efetuar isso tudo, sinto-me como se o tivesse feito, entretanto, ainda tendo vontade de fazê-lo. Nada é findo e, ao mesmo tempo, o é. A satisfação da insatisfação que guarda em si satisfação. Não sei explicar. Nada é como na terra. O prazer não tem fim. Você não pode mensurar nada. Na terra, você não sabe nem o que sente. Você vive a esmo. Por mais puro que seja, você é um poço de dor. Doenças. Provações. Castigos. Sonhos maus. Dias maus. A vida na terra é um lamento constante. Anseia-se por Deus. Deus acalma os corações. Deus enleva a alma. A alma se liberta. Acha descanso. Acha um rio onde possa se banhar. A gente gargalha no mar do céu. Não há fingimento. Tudo é pura sinceridade. O céu. 

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Preencha o seu coração / Co'a insuflação do Natal

Preencha o seu coração
Co'a insuflação do Natal
1
Semeie só amizade
Em cada íntimo sentimento.
Passe em cada cumprimento
Bom ânimo e boa vontade.
Dissemine a paz que invade
O peito, findando o mal,
Ao trazer o divinal
Amor ao seio cristão.
Preencha o seu coração
Co'a insuflação do Natal.
2
Ajude a quem mais precisa,
Acolha quem está só,
Flua compaixão e dó
Para com quem agoniza.
E a quem a dor martiriza
Auxilie, em cordial
Demonstração fraternal
De carinho e afeição.
Preencha o seu coração
Co'a insuflação do Natal.

Há nas luzes de Natal / Uma inspiração sem par.

Há nas luzes de Natal
Uma inspiração sem par.
1
Existe uma inspiração
Que impulsiona o poeta
Nessa época que é repleta
Da mais sagrada emoção.
É que há nessa sensação
Algo de espetacular
Que confere singular
Insuflação ao jogral.
Há nas luzes de Natal
Uma inspiração sem par.
2
Em cada decoração
Refletida em cada adorno,
Cada luz, cada contorno
Luzente da habitação;
Em cada celebração
No âmbito familiar,
E em cada peculiar
Cântico tradicional.
Há nas luzes de Natal
Uma inspiração sem par.

Você já ornamentou / A casa para o Natal?

Você já ornamentou
A casa para o Natal?
1
Vá rápido, mas sem transtornos,
Cumpra tudo “passo a passo”:
Ponha em cada porta um laço,
Preencha a casa de adornos.
Mais cautela co'os contornos
Da casa, ao por no beiral
O pisca-pisca! Afinal,
Queremos que fique um show.
Você já ornamentou
A casa para o Natal?
2
Bolas cromadas e fitas,
Grandes festões para o enfeite,
A fim de causar deleite
Por entre as luzes bonitas.
Cuidado aí! Não omitas
Nada do tradicional!
Torço pra ver, no final,
Como a gente combinou.
Você já ornamentou
A casa para o Natal?

Há no Natal uma paz / Que emana do Paraíso.

Há no Natal uma paz
Que emana do Paraíso.
1
Enche-se o ar da bonança
Santa que nos extasia,
Preenchendo de alegria
O ser que na fé descansa.
Um avivo de esperança
Em cada luz eu diviso
E uma emoção sem aviso
Que o sopro da brisa traz.
Há no Natal uma paz
Que emana do Paraíso.
2
Embalado pela dança
Das vozes que, nos corais,
Cantam frases musicais
De sons tonais em mudança,
Eu reergo a confiança
Da fé, que tanto é preciso
Pra vencer, e realizo
Planos deixados pra trás.
Há no Natal uma paz
Que emana do Paraíso.

Todo dezembro é tomado / De um encanto de Natal

Todo dezembro é tomado
De um encanto de Natal
1
Tudo mais parece um sonho,
Da fantasia o deleite
Evocando em cada enfeite
Um dia terno e risonho.
Vendo isso, um hino eu componho
Para a data especial
E uma hoste celestial
Entoa esse hino sagrado.
Todo dezembro é tomado
De um encanto de Natal
2
O alvor sublime da neve,
Inspira cada criança
Envolvida da'esperança
Que exala da brisa leve.
E, embora se mostre breve,
Essa época divinal
Traz-nos o dom eternal
Que por Deus é ofertado.
Todo dezembro é tomado
De um encanto de Natal

No Natal flui a unção / Do Celestial Altar.

No Natal flui a unção
Do Celestial Altar.
1
Águas do Trono Sagrado
Descem a rua adornada,
Frente à praça iluminada
Como um céu todo estrelado.
Jorro divino emanado
Do Sagrado Limiar.
Estro fino a gotejar
Em chuva de inspiração.
No Natal flui a unção
Do Celestial Altar.
2
Riso por Deus inspirado
Que invade cada morada
Como uma brisa orvalhada
Pelo sereno gelado.
Vento suave soprado
Para nos fazer sonhar.
Aragem no bulevar
Da paz e da união.
No Natal flui a unção
Do Celestial Altar.
3
Sossego só encontrado
Na moradia habitada
Pela Trindade Sagrada,
Que expressa o Deus adorado.
Poder divino lançado
Sobre o lar familiar
Com o fim de acalantar
Alma, mente e coração.
No Natal flui a unção
Do Celestial Altar.
4
O puro amor ofertado
Que o bem estimula em cada
Ação humana operada
No'âmbito profano e sagrado.
Santo afeto demonstrado
Num ato espetacular
De amor, visto em singular
Autossacrificação. 
No Natal flui a unção
Do Celestial Altar.
5
Fé que reergue o prostrado,
Trazendo a força almejada
Que revivifica cada
Sonho, antes mortificado.
Credo firme, alicerçado
Sobre essa Pedra Angular,
Que é o Excelso Deus do Lar
Da Sacrossanta Expansão.
No Natal flui a unção
Do Celestial Altar.
6
Resplendor cristalizado
De uma estrela destacada
Que guia a santa jornada
Ao lar do Deus adorado.
Brilho de um fulgor fixado
Entre a miríade estelar,
Mas sobressai-se a brilhar 
Mais do que a constelação.
No Natal flui a unção
Do Celestial Altar.

Eis o repique do sino /Anunciando o Natal

Eis o repique do sino
Anunciando o Natal
1
Não insistindo em tardar,
Dezembro chega trazendo
Um esplendor estupendo
De um refulgir singular.
Um clima sem similar
Envolve todo o local
E uma emoção sazonal
Preenche o ar matutino.
Eis o repique do sino
Anunciando o Natal.
2
Há um encanto infantil
Em tudo que envolve a data
Que emerge na hora exata
Nesse mês doce e febril.
Chega de modo sutil
E espalha o dom divinal
Sobre todo o pessoal
Que inspira o ar citadino.
Eis o repique do sino
Anunciando o Natal.
3
Existe alguma magia
Nesse dia prazenteiro
Que toma o planeta inteiro,
Enchendo-o de alegria.
O coração se extasia
Co'o puro amor fraternal
Dessa época especial
À qual me atenho e me inclino.
Eis o repique do sino
Anunciando o Natal.
4
Tal requinte as luzes dão
Às ruas, antes sem graça,
E todo mundo que passa
Sente a mesma sensação.
A cada celebração,
Mais o amor toma o local
E o brilho celestial
Mais se torna cristalino.
Eis o repique do sino
Anunciando o Natal
5
Em cada brinquedo, um riso;
Em cada riso, um alento;
E, em cada alento, um momento
Mais perto do Paraíso.
Que há no tilintar de um guizo
Uma quimera, um sinal
De infância, individual,
Vivida em cada destino.
Eis o repique do sino
Anunciando o Natal.
6
Os enfeites na sacada
Ofertam-nos a visão
Mais bela dessa estação
Que ao Santo Céu nos translada.
A melodia cantada
Traz ao peito um vendaval
De lembranças de anual
Desenlace dezembrino.
Eis o repique do sino
Anunciando o Natal.
7
Lírio, doçura e acalanto,
Apreço, candura e paz,
Felicidade que apraz,
Esperança sem quebranto,
Enlevamento e encanto,
Dedicação cordial,
Tudo isso envolve o final
Desse mês casto e divino.
Eis o repique do sino
Anunciando o Natal.
8
Habita o humano olhar
O sentimento mais lindo
Quando esse tempo bem-vindo
Insiste em se apresentar.
É que o Natal dá lugar
Ao afeto virginal
Que traz luz transcendental
À estrada do peregrino.
Eis o repique do sino
Anunciando o Natal.
9
Residindo em cada lar,
A paz transborda na fé
E Jesus de Nazaré
Vem o mesmo abençoar.
Deus ilumina o lugar
Co'o resplendor imortal
Do seu amor paternal
Que refulge em seu ensino.
Eis o repique do sino
Anunciando o Natal.
10
O Natal é algo mágico
Que nos faz virar criança
E reviver a esperança
Diante de um mundo trágico.
Que o desespero hemorrágico
Do ódio não atinge o tal,
Que o seu diferencial
É um amor genuíno.
Eis o repique do sino
Anunciando o Natal.

Sextina de Natal - Felipe Amaral

Sextina de Natal
1
Já vai chegando dezembro,
Mês em que a luz do Natal
Refulge nos corações,
Enquanto, lá no quintal,
A neve cai e embranquece
Os galhos do pinheiral.
2
A'emoção toma o semblante
Desse desfecho anual.
Casas se enchem de gente
Numa ceia especial...
Descrever é impossível
A paz desse mês final!
3
Beleza em cada avenida,
Em cada, praça um coral.
E a alegria sentida
Nas peças do recital
É prazer inexprimível,
Uma emoção sem igual.
4
Pendentes a tilintar,
Balançando no portal
De uma casa ornamentada
Com estrelas de cristal
E festões que tomam todo
O espaço do local.
5
A festa sacra reveste-se
De uma aura angelical.
A fé toma os corações
Nessa data divinal
E transporta para a Terra
O Éden celestial.
6
Os lares parecem mais
Fotos de cartão postal:
Pisca-piscas e festões
A envolver o beiral
E lindos fios dourados
Reluzindo em cada umbral.
7
Na rua dá pra se ouvir
Uma peça musical
Numa linda sinfonia
De execução orquestral...
No Natal tudo é sublime,
Alvo, santo e magistral!
8
Os carros param pra ver,
Da junta comercial,
Um coro de vozes líricas,
De frente à praça central,
Ali, bem no coração
Da'avenida principal.
10
Fulgor em cada vitrine;
Luzes em cada vitral.
Um sentimento de amor
Na paz residencial.
E uma estrela a enviar
De Deus o Santo Sinal.
11
Em dezembro, tudo é belo,
Cheio de magia tal
Que envolve a vida da gente
Do sentimento vital
Da fé que nos impulsiona,
Nos guia, nos direciona
À Vida Espiritual.

Natal é tempo de amor, / De paz e felicidade. - (F) Felipe Amaral e Osvanildo Almeida (O)

Natal é tempo de amor,
De paz e felicidade.
(F) Felipe Amaral e Osvanildo Almeida (O)
1
(O) Eis a comemoração
(F) Mais aguardada do ano.
(O) Dia em que o furor mundano
(F) Dá lugar à compaixão.
(O) Dia de celebração
(F) Em que a pacificidade,
(O) Frente à animosidade,
(F) Reina sem ira e rancor.
Natal é tempo de amor,
De paz e felicidade.
2
(F) As entranháveis paixões
(O) De afetuoso viver
(F) Preenchem todo o meu ser
(O) Ante tais celebrações.
(F) Entre cortejos, canções
(O) E mensagens tais se evade
(F) De mim a rivalidade
(O) Que fomenta o dissabor.
Natal é tempo de amor,
De paz e felicidade.
3
(O) Tomados de uma emoção,
(F) Todos se irmanam com todos,
(O) Sem reservas, sem engodos
(F) Ou vã dissimulação.
(O) É que, nessa ocasião,
(F) Impera a boa vontade
(O) Que introduz na'humanidade
(F) O espírito perdoador.
Natal é tempo de amor,
De paz e felicidade.
4
(F) Toda a imediação
(O) Abunda em disposições
(F) Genuínas para ações
(O) De genuína afeição.
(F) O amargor do coração
(O) Sucumbe à paz que o invade
(F) E uma sensibilidade
(O) Divina dissipa a dor.
Natal é tempo de amor,
De paz e felicidade.
5
(O) Há prazer em que olhar,
(F) Carinho em cada feição,
(O) Auxílio, dedicação
(F) Em cada ação popular.
(O) É o globo a respirar
(F) Ares de tranquilidade,
(O) Ao ver em cada cidade
(F) Candura, inocência e alvor.
Natal é tempo de amor,
De paz e felicidade.
6
(F) Caridade e mansidão
(O) Invadem o'humano peito 
(F) E a raiva e o preconceito
(O) Dão lugar à comunhão.
(F) Existe em cada visão
(O) O ato da sinceridade
(F) E em cada localidade
(O) A Luz Santa do Senhor.
Natal é tempo de amor,
De paz e felicidade.
7
(O) Imperando a propensão
(F) Às atitudes do Bem,
(O) Virtudes caminham sem
(F) Verem do mal reação.
(O) O amor triunfa e a tensão
(F) Se esvai sem deixar saudade,
(O) Restando só a bondade
(F) De um coração doador.
Natal é tempo de amor,
De paz e felicidade.
8
(F) Há em cada sentimento
(O) As disposições do auxílio
(F) E, em cada domicílio,
(O) Um pleno contentamento.
(F) Da piedade o alento
(O) Envolve a sociedade
(F) Pra que o rancor se translade
(O) Pra longe desse setor.
Natal é tempo de amor,
De paz e felicidade.
9
(O) O afinco em fazer o bem
(F) Manifesta a sua luz
(O) E a paz do Senhor Jesus
(F) Logo aparece também:
(O) Regozijo que sustém
(F) O coração na Verdade
(O) E transporta à santidade
(F) A vida do pecador.
Natal é tempo de amor,
De paz e felicidade.
10
(F) Tudo no Natal é lindo
(O) Porque nele eu vejo Cristo
(F) Em regozijo, num misto
(O) De amor e prazer infindo.
(F) Todo fator é bem-vindo
(O) Quando agrega a'humanidade
(F) Numa fé sem falsidade
(O) Que conduza ao Redentor.
Natal é tempo de amor,
De paz e felicidade.

Já escuto o tilintar / Dos pendentes de Natal. - Felipe Amaral (F) e Osvanildo Almeida (O) -

Já escuto o tilintar
Dos pendentes de Natal.
- Felipe Amaral (F) e Osvanildo Almeida (O) -
1
(O) Ouço os sussurros da brisa
(F) Que traz novas de alegria.
(O) É a divina magia
(F) Que se materializa.
(O) Sonho que se realiza;
(F) Conto que se faz real;
(O) Quimera que abre o portal
(F) Que leva a'um mundo sem par.
Já escuto o tilintar
Dos pendentes de Natal.
2
(F) Já posso ouvir as canções,
(O) Embora, ainda distantes,
(F) Enternecendo cantantes
(O) E ouvintes populações.
(F) Auspiciosas visões
(O) De vivo alvor virginal
(F) Que, em vórtice vesperal,
(O) Vêm vindo, em valsa, a vagar. 
Já escuto o tilintar
Dos pendentes de Natal.
3
(O) Vislumbro as luzes que brilham
(F) Na'avenida ataviada;
(O) Visitantes que a estrada
(F) Com turistas compartilham;
(O) Parentes nossos que trilham
(F) Longo percurso, em real
(O) Convicção pessoal
(F) De afeto sem similar. 
Já escuto o tilintar
Dos pendentes de Natal.
4
(F) Festões que envolvem sacadas;
(O) Riso em redobrar de sinos;
(F) A cantata que os meninos
(O) Fazem nas praças ornadas;
(F) Som de tocata em entradas 
(O) Triunfais do mês final;
(F) E os tons da'orquestra local 
(O) Que ali vem se apresentar.
Já escuto o tilintar
Dos pendentes de Natal.
5
(O) Um recital frente à esquina;
(F) Cartão postal recebido;
(O) Sons de guizos ao ouvido;
(F) Pinheiral com neve fina;
(O) Uma estrela pequenina
(F) A rutilar no final
(O) De uma estrada vicinal
(F) Que conduz de volta ao lar.
Já escuto o tilintar
Dos pendentes de Natal.
6
(F) Pessoas bem arrumadas
(O) Em bailes de formatura;
(F) Desenhos de iluminura
(O) Em partituras douradas;
(F) Trompas, flautas prateadas
(O) Em enfeites de cristal;
(F) Bolas como de metal
(O) Embaladas pelo ar.
Já escuto o tilintar
Dos pendentes de Natal.
7
(O) Pianos em musicais
(F) Ao ar livre da'avenida;
(O) Adereçada guarida;
(F) Composições magistrais;
(O) Canto “a capela” ante umbrais
(F) De igrejas no arco central;
(O) Saraus de jovens na oval
(F) Pracinha do bulevar.
Já escuto o tilintar
Dos pendentes de Natal.
8
(F) Poemetos declamados;
(O) Hinos em entoação;
(F) Templos em celebração;
(O) Mil versejos decantados;
(F) Bangalôs bem adornados 
(O) Na viela marginal;
(F) E hotéis de beleza tal
(O) Em luzes a cintilar.
Já escuto o tilintar
Dos pendentes de Natal.
9
(O) Ceia lauta em espaçosos
(F) Ambientes sociais;
(O) Violinos orquestrais
(F) Embalando os mais saudosos;
(O) O estourar dos copiosos
(F) Champanhas na lateral
(O) Do urbano largo central
(F) De requinte singular.
Já escuto o tilintar
Dos pendentes de Natal.
10
(F) Namoro em festas de gala;
(O) Beijo em românticos ares;
(F) Romances protocolares
(O) Nesse mês que amor exala;
(F) “Dezembral” glamour de opala;
(O) Doce essência passional
(F) Na data do mais formal
(O) Refinamento talar.
Já escuto o tilintar
Dos pendentes de Natal.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

A Magia do Natal - Osvanildo Almeida e Felipe Amaral

A Magia do Natal
1
(O) As casas são enfeitadas
(F) Para a comemoração.
(O) De longe, a'iluminação
(F) Resplandece nas sacadas.
(O) E as vias, iluminadas,
(F) Ganham novo visual,
(O) Que a beleza ornamental
(F) Traz mais brilho à avenida
(O) E a cidade é revestida
Da Magia do Natal.
2
(F) Tudo fica mais vibrante
(O) Devido às luzes acesas.
(F) Pessoas ficam surpresas,
(O) Pois que tudo é deslumbrante.
(F) Cada rua, mais brilhante;
(O) Cada som, mais musical;
(F) Cada amor, mais passional;
(O) Cada riso, mais feliz;
(F) E os dias, mais infantis
Co'a Magia do Natal.
3
(O) Mesas fartas de comida
(F) Pra celebração da ceia;
(O) E uma emoção que permeia
(F) As casas da avenida.
(O) Cada qual bem produzida,
(F) Já no dia vesperal,
(O) Para a festa habitual
(F) Que se faz em cada lar
(O) E o riso preenche o ar
Da Magia do Natal.
4
(F) Em casa, aguardo parentes
(O) Que virão me visitar.
(F) Preparo logo o jantar
(O) E encho a casa de presentes.
(F) No alpendre eu ponho pendentes,
(O) Como é já tradicional,
(F) Esperando o pessoal
(O) Pra cear na minha mesa...
(F) Tudo ganha mais beleza
Co'a Magia do Natal.
5
(O) Minha casa fica cheia
(F) De gente que me visita
(O) E a festa, bem mais bonita
(F) Co'o povo que me rodeia.
(O) Cada amigo presenteia
(F) O outro amigo no local,
(O) Mas o diferencial
(F) De tudo é o amor de Cristo
(O) Que emana do ar e é visto
Na Magia do Natal.
6
(F) Uma praça adereçada
(O) Convida a gente a sair
(F) A caminhar e “curtir”
(O) A canção que é entoada,
(F) Pois que, ante a praça adornada,
(O) Sempre se avista um coral
(F) Decantando angelical
(O) Hino de louvor sem par,
(F) Fazendo a noite exalar
A Magia do Natal.
7
(O) Há uns quiosques armados
(F) Com lanches e suvenires
(O) E um multicor arco-íris
(F) De luz por todos os lados.
(O) Nas barracas são comprados
(F) Bibelôs, ante um mural
(O) Cheio do enfeite usual
(F) Desse dia de acalanto...
(O) E enche-se tudo do encanto
Da Magia do Natal.
8
(F) Embora seja verão
(O) Cá na terra brasileira,
(F) Mas a nossa brincadeira
(O) Tem a mesma diversão
(F) Dessa que a televisão
(O) Mostra, num “giro” global,
(F) Que a festa internacional
(O) É boa; e a nossa também,
(F) Já que a nossa também tem
A Magia do Natal.
9
(O) Há saraus, bailes, banquetes,
(F) Brincadeiras pueris,
(O) Música em corais infantis,
(F) Madrigais e vilancetes,
(O) Orquestras com clarinetes
(F) De som agudo e frugal,
(O) Retretas em recital,
(F) Recitações em cantatas,
(O) Disseminando, em sonatas,
A Magia do Natal.
10
(F) Mas o Natal vai embora
(O) Muito ligeiro e eu lamento,
(F) Pois que, em um curto momento,
(O) Traz riso e choro (ao que chora!).
(F) Que a festa que o povo adora,
(O) Na' efemeridade tal,
(F) Esvai-se e deixa, ao final,
(O) Só angústia ao que entristece.
(F) E, assim, de uma vez, fenece
A Magia do Natal.

Poetas glosadores:
(O) Osvanildo Almeida
(F) Felipe Amaral