sexta-feira, 23 de novembro de 2012

É hora de ornamentar/ A casa para o Natal.

É hora de ornamentar
A casa para o Natal.
1
O – Já escolhi os pendentes
F – Que enfeitarão os portais.
O – Já dispus sobre os vitrais
F – Lâmpadas intermitentes.
O – Já pus até os presentes
F – Todos na sala central,
O – Aguardando o pessoal
F – Que eu irei presentear.
É hora de ornamentar
A casa para o Natal.
2
F – Já montei o meu pinheiro
O – Pra receber os festões.
F – Enfeitei os janelões
O – Conforme reza o roteiro.
F – A casa está um luzeiro
O – De refulgir sem igual
F – E o solo do meu quintal
O – Nevado como o luar.
É hora de ornamentar
A casa para o Natal.
3
O – Já fiz tudo o que devia
F – Pra ver a casa adornada.
O – Da lareira, está ornada
F – Toda a sua alvenaria.
O – Dos quadros, cada fasquia
F – Tem o brilho do metal
O – Do ouro mais virginal
F – Que se consegue encontrar.
É hora de ornamentar
A casa para o Natal.
4
F – Já pus músicas natalinas
O – Pra tocarem no meu som.
F – Coloquei luz de neon
O – Sobre o trilho das cortinas.
F – Botei toalhas grã-finas
O – De uma cor bem usual
F – Pra data na mesa oval
O – Onde se serve o jantar.
É hora de ornamentar
A casa para o Natal.
5
O – Já convoquei os parentes
F – Pra virem ao meu recinto.
O – Pois, só assim eu me sinto
F – Completo, ao vê-los presentes.
O – E ante os focos reluzentes
F – Dos pisca-piscas, tal qual
O – Os tais, meu olhar vestal
F – Não cessa de fulgurar.
É hora de ornamentar
A casa para o Natal.
6
F – Já fui aos vários mercados
O – Pra comprar essenciais
F – Ingredientes primais
O – Pra os pratos já planejados
F – Para serem preparados
O – Na cozinha do local
F – Com o esmero habitual
O – Que a data insiste em cobrar.
É hora de ornamentar
A casa para o Natal.
7
O – Já chamei também amigos
F – E pessoas conhecidas
O – Pra recepções munidas
F – De vinhos novos e antigos.
O – Já adquiri artigos,
F – Cada qual fundamental
O – Pra farra tradicional
F – Dessa data singular.
É hora de ornamentar
A casa para o Natal.
8
F – Dei convites e cartões
O – A quem achei pela rua.
F – Não aprontei falcatrua
O – Com ninguém, tendo intenções
F – De evitar visitações
O – A meu humilde local.
F – Ao contrário, eu, pelo mal,
O – Dei o bem sem hesitar.
É hora de ornamentar
A casa para o Natal.
9
O – Participei dos ensaios
F – Dos corais da vizinhança.
O – Convidei cada criança
F – Pras cantatas; e os seus aios
O – Pra formarmos, “sem desmaios”
F – E canseiras, um coral
O – De vozes de um som tonal
F – Masculino familiar.
É hora de ornamentar
A casa para o Natal.
10
F – Como todo dia, eu fiz
O – A Deus minhas orações
F – Com fé e convicções
O – De um Natal calmo e feliz.
F – Orei pelo meu país,
O – Pra que, de modo geral,
F – Toda a massa nacional,
O – Venha a Jesus aceitar.
É hora de ornamentar
A casa para o Natal.
11
O – Já fiz “de neve” um boneco
F – Pra pôr na frente da casa
O – E numa panela rasa
F – Chocolate, que “sapeco”
O – Quente dentro de um caneco
F – Pra beber na invernal
O – Temporada especial
F – De um Natal sem similar.
É hora de ornamentar
A casa para o Natal.
12
F – Fiz de tudo, mas não vi
O – Sobrevir ainda a data.
F – Todavia, de alma grata,
O – Aguardarei por aqui
F – O Natal sem frenesi,
O – Que demorar é normal
F – Quando algo fenomenal
O – Está pra se confirmar.
É hora de ornamentar
A casa para o Natal.

O= Osvanildo Almeida; F= Felipe Amaral

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Esperando do céu o pão da vida/ Pela força de Deus nosso Senhor

Esperando do céu o pão da vida
Pela força de Deus nosso Senhor

(mote de Luiz Fábio Pereira, vulgo Fábio Pintor)

I
Louvo, exalto, jubilo e glorifico;
Oro, peço, suplico, rogo, imploro;
Reconheço, agradeço e, grato, adoro,
Contemplando o Senhor. E , assim, eu fico.
Clamo, exulto contente e me dedico
A buscar Deus, o Pai, o Criador,
Provedor, Redentor, da vida Autor...
Tudo isso empreendo em minha lida...
Esperando do céu o pão da vida
Pela força de Deus nosso Senhor

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Nada há pra se comparar/ Com a ceia de Natal

Nada há pra se comparar
Com a ceia de Natal
1
O – Quero chamar meus parentes
F – Que moram noutro setor
O – Pra “celebrar” com amor
F – E união dias ridentes
O – De Natal, “onde” os presentes
F – Se espalham pelo local...
O – E na ceia, o pessoal
F – Haverá de se fartar.
Nada há pra se comparar
Com a ceia de Natal.
2
F – Minha ceia será grande
O – E eu quero compartilhá-la,
F – Ver os parentes na sala
O – Que pra cozinha se expande.
F – Servir com açúcar cande
O – Chocolate especial
F – Com leite quente “Ideal”
O – E de riso os saciar.
Nada há pra se comparar
Com a ceia de Natal.
3
O – Todos prontos para a ceia,
F – Faremos uma oração
O – E, depois, co' animação
F – Veremos a mesa cheia
O – De um banquete que permeia
F – O estômago, de formal tal,
O – De um prazer sem igual
F – Mais do que qualquer jantar.
Nada há pra se comparar
Com a ceia de Natal.
4
F – Quero ver todos contentes
O – E prontos pra comezaina.
F – Aliviados da faina
O – Dos árduos expedientes
F – Pra comerem sorridentes
O – A ceia descomunal
F – Que hei de servir no local
O – A todos os que abrigar.
Nada há pra se comparar
Com a ceia de Natal.
5
O – Quando é dia, eu me arrumo
F – Com alto esmero e capricho
O – Nada casual e mixo
F – Pra' acolher, como costumo,
O – Todos com' os quais eu assumo
F – Uma união fraternal,
O – Celebrando a cordial
F – Data em um lauto jantar.
Nada há pra se comparar
Com a ceia de Natal
6
F – Quando é Natal, eu me apronto
O – Pra receber cada amigo
F – Pra cear no meu abrigo
O – E, em alegria, eu desponto,
F – Ressaltando cada ponto
O – Dessa festa divinal
F – Ao servir o habitual
O – Banquete que incensa o lar.
Nada há pra se comparar
Com a ceia de Natal.
7
O – Todos felizes, fazemos
F – A' escolha mais adequada
O – De uma canção esperada
F – Por todos que ali nós vemos
O – E entoamos em extremos
F – De satisfação real
O – E o âmago sentimental
F – Chega a se regozijar.
Nada há pra se comparar
Com a ceia de Natal.
8
F – Na mesa há vinho e “refri”,
O – Há pizzas com peperone,
F – Queijo minas, provolone,
O – De coalho e catupiri...
F – Há torta de abacaxi,
O – Bolo, pudim, cereal,
F – Creme e suco natural,
O – Farofa e frutos do mar.
Nada há pra se comparar
Com a ceia de Natal.
9
O – Serve-se até canelone,
F – Pão de queijo e talharim,
O – Pastel, coxinha e quindim,
F – Queijo em pasta e rigatone.
O – Massa em formato de cone
F – Com frango pimenta e sal,
O – Água tônica mineral,
F – “Escargô” e caviar.
Nada há pra se comparar
Com a ceia de Natal.
10
F – Sirvo omelete e purê,
O – Salada com vinagrete,
F – Melão cortado “em tablete”,
O – Pavê, Patê e suflê,
F – Fricassê, creme brulê*,
O – Chardonê e água normal,
F – E manteiga vegetal
O – Pra na torrada passar.
Nada há pra se comparar
Com a ceia de Natal.
*brulée
11
O – Disponho “natcho”* e sorvete,
F – Sacolé e picolé,
O – Jujuba, bala e “chiclé”
F – Pra criança em meu banquete...
O – Também musse e rabanete,
F - “Tiramissu”*com cacau,
O – Xerém, coalhada, mingau
F – E ração alimentar.
Nada há pra se comparar
Com a ceia de Natal.
*nacho
*Tiramisu
12
F – Eu ponho à mesa legume
O – Com cheiro verde e tomate,
F – Pimenta cor de escarlate
O – E, para dar um perfume
F – Na salada (é já costume!),
O – Manjericão que, afinal,
F – Dá um toque especial
O – No que vai se apresentar.
Nada há pra se comparar
Com a ceia de Natal.
13
O – No arroz, cuscuz e feijão
F – Tem cenoura, alho e repolho,
O – Coentro, acelga e sal no molho,
F – Couve-flor e pimentão,
O – Umas gotas de limão,
F – Alfavaca e colorau,
O – Cominho e azeite de um grau
F – De qualidade sem par.
Nada há pra se comparar
Com a ceia de Natal.
14
F – De frutas, uma pletora:
O – Morango, pequi, caqui,
F – Kiwi, pêssego e buriti,
O – Pera (^), jaca, figo e amora...
F – Manga colhida na flora,
O – Romã, pinha de um “frutal”,
F – Lima que nasce em quintal
O – E abacate de pomar.
Nada há pra se comparar
Com a ceia de Natal.
15
O – Tem tanto do alimento
F – Na minha ceia modesta
O – Que uma “poesia” desta
F – Não traria um só por cento
O – De tudo o que no aposento
F – Do lar eu sirvo. Afinal,
O – Meu banquete colossal
F – Ninguém consegue elencar.
Nada há pra se comparar
Com a ceia de Natal.

O= Osvanildo Almeida; F= Felipe Amaral

Minha esperança advém/ Da obra do Salvador

Minha esperança advém
Da obra do Salvador
1
O – Eu ponho a minha esperança
F – No Redentor que me guia.
O – E só encontro alegria
F – Dando à fé perseverança.
O – Meu humilde ser alcança
F – O alento consolador
O – Porque sigo com fervor
F – O Ser que me ama e sustém.
Minha esperança advém
Da obra do Salvador.
2
F – Sem Jesus, o meu resgate,
O – Eu estaria perdido.
F – Que Ele, na cruz, ter morrido
O – Pôs fim no que ao ser abate.
F – Venceu por mim o combate.
O – Dissipou a minha dor.
F – Quitou da dívida o valor,
O – Pagando o mal com o bem.
Minha esperança advém
Da obra do Salvador.
3
O – Foi pelo amor divinal
F – Que purificado eu fui.
O – E desse amor se conclui
F – Que é um amor eternal.
O – Deus me amou de forma tal
F – Que entregou seu Filho por
O – Mim, um revel pecador,
F – Que merecia o desdém.
Minha esperança advém
Da obra do Salvador.
4
F – Sou fraco e constantemente
O – Tropeço na caminhada.
F – Levanto e sigo a jornada
O – Pela mão de Deus somente.
F – Fraco sou de corpo e mente.
O – Não tenho luz nem vigor
F – Sem Jesus, o meu Senhor,
O – Que é Quem de pé me mantém.
Minha esperança advém
Da obra do Salvador.
5
O – Só o Deus onipotente
F – Pôde prover-me o resgate
O – Pra que, de um só arremate,
F – Me ganhasse totalmente.
O – Só com ele estou contente;
F – Sem ele, encontro amargor.
O – Só com ele avisto o alvor;
F – Sem ele, a treva intervém.
Minha esperança advém
Da obra do Salvador.
6
F – Não é por minha pureza
O – Que o céu me está reservado.
F – Porque eu nasci em pecado
O – E sem uma autodefesa.
F – Mas Deus Pai, com gentileza,
O – Propiciou-me, a favor
F – De mim, um Resgatador
O – Que foi nascido em Belém.
Minha esperança advém
Da obra do Salvador.
7
O – Foi Jesus o verdadeiro
F – Preço sacrificial.
O – Veio livrar-me do mal.
F – Redimiu-me no madeiro.
O – E, ao remir-me por inteiro,
F – Lavou-me de todo horror
O – De pecado, o Redentor,
F – Que me amou como ninguém.
Minha esperança advém
Da obra do Salvador.
8
F – Eu estava em desespero
O – Devido aos meus erros vis,
F – Mas Deus me viu e me quis
O – Tirar de tal exaspero.
F – Livrou com zelo e esmero
O – A minh' alma sem fulgor,
F – Para trazer esplendor
O – A quem, “de” luz, viveu sem.
Minha esperança advém
Da obra do Salvador.

O= Osvanildo Almeida; F= Felipe Amaral

Só estou ainda aqui/ Pela compaixão divina

Só estou ainda aqui
Pela compaixão divina

1
O – Não há como o Salvador
F – De infinda misericórdia!
O – Dissipa toda a mixórdia
F – E vivifica o amor.
O – Eu só possuo o vigor
F – Pra' enfrentar a sabatina,
O – Porque Deus Pai determina
F – Que eu não entre em frenesi.
Só estou ainda aqui
Pela compaixão divina.
2
F – É Deus meu Perdoador...
O – E eu cometo muitas falhas,
F – Desertando de batalhas
O – Ao me afastar do Senhor...
F – Mas Deus Pai, com grande amor,
O – Me doutrina, disciplina
F – E, com fervor, me destina
O – A enfrentar o rali.
Só estou ainda aqui
Pela compaixão divina.
3
O – Sou um pobre pecador.
F – Sozinho eu nada obtenho.
O – Só com Jesus Cristo eu venho
F – A ter na vida um valor.
O – Sou tomado de temor.
F – Todo terror me domina.
O – Mas só Deus desbaratina
F – Os medos que adquiri.
Só estou ainda aqui
Pela compaixão divina.
4
F – Cristo é minha fortaleza.
O – Sem Jesus eu nada sou.
F – Foi Ele quem resgatou
O – Minha alma tão indefesa.
F – Só Deus tem a natureza
O – De modificar a sina
F – De quem ao erro se inclina
O – Como à carniça o zumbi.
Só estou ainda aqui
Pela compaixão divina.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

É o destino querendo/ Frustrar a minha esperança.

É o destino querendo
Frustrar a minha esperança.
1
O – Corro, canso, mas não chego
F – Ao lugar que desejava,
O – Que algo empaca, emperra e entrava
F – A vida e finda o sossego.
O – Almejo um tranqüilo emprego,
F – Só o que tenho é cobrança.
O – E toda essa dor que avança
F – É devida a' um mal tremendo:
É o destino querendo
Frustrar a minha esperança.
2
F – Tento alcançar minha meta
O – E tudo fica mais duro,
F – Então me encontro inseguro
O – E a prostração é completa.
F – Tento andar em linha reta
O – E o mal me contrabalança,
F – Me atravancando a andança
O – E isso é um crime horrendo:
É o destino querendo
Frustrar a minha esperança.
3
O – Tudo o que faço é querer
F – Viver em paz  e saudável,
O – Mas o roteiro execrável
F – Da vida vem me ofender.
O – Pago dívida sem dever
F – E o meu riso é sem tardança.
O – Tudo por causa da dança
F – Macabra de um mal adendo:
É o destino querendo
Frustrar a minha esperança.
4
F – Sofro, choro, grito, arquejo,
O – Salto, fujo, paro e penso...
F – Me encontro de um mal intenso
O – Cercado, mas não o almejo.
F – Então, contra ele, esbravejo,
O – Porém não vejo bonança,
F – Só mágoa e intemperança
O – E, devido às tais, me rendo:
É o destino querendo
Frustrar a minha esperança.
5
O – Já busquei tanto na vida
F – Viver bem mais sossegado,
O – Mas só achei desagrado
F – Em todo beco e avenida.
O – Sem instinto suicida,
F – Recorro à perseverança,
O – Mas só vejo atra mudança
F – Neste meu viver colendo:
É o destino querendo
Frustrar a minha esperança.
6
F – Peço a Deus que me auxilie
O – Para eu poder gargalhar
F – Ante o que me vem doar
O – Sofrer pra que eu silencie
F – Minha voz e não me fie
O – Na fé que doa pujança
F – Ao meu ser que se afiança
O – Num Deus de amor estupendo:
É o destino querendo
Frustrar a minha esperança.

Desejo, porém não posso/ Dizer tudo o que desejo.

Desejo, porém não posso
Dizer tudo o que desejo.
1
O – Se a gente pensa em dizer
F – O que precisa falar,
O – Mas evita precisar
F – Para não se arrepender.
O – Mesmo se alguém merecer
F – A rispidez do gracejo,
O – A gente evita o motejo
F – Pra não destratar o “troço”.
Desejo, porém não posso
Dizer tudo o que desejo.
2
F – Tem gente que até merece
O – Escutar verdades duras,
F – Todavia, as almas puras
O – Não fazem o que parece
F – Ser melhor, porque a prece
O – Em favor do malfazejo
F – Traz-lhes mais paz... Mas eu vejo
O – Dor toda vez que a endosso.
Desejo, porém não posso
Dizer tudo o que desejo.
3
O – Luto pra não dizer nada.
F – Me seguro como dá.
O – Mas a minha índole má
F – Já quer partir pra pancada.
O – Porém, ao fazer parada,
F – Me acalmo e outro plano almejo.
O – Peço perdão e negrejo
F – A ira em que me alvoroço.
Desejo, porém não posso
Dizer tudo o que desejo.
4
F – Quando alguém, um desaforo,
O – Me fala em plena avenida,
F – O meu instinto homicida
O – Tenta quebrar o decoro...
F – Só que, aí, eu, sem “deploro” (^),
O – Nego o mal e não despejo
F – A fúria no ser que alvejo
O – Com' o mau olhar que esboço.
Desejo, porém não posso
Dizer tudo o que desejo.
5
O – Por não querer inimigos
F – Cortejando a minha porta,
O – Só faço o que o bem exorta,
F – Que é pra não sofrer castigos.
O – Porém, só vive em perigos
F – O ser sem tato e sem pejo
O – Que enfrenta todo “bafejo”
F – Com ira a qual não engrosso.
Desejo, porém não posso
Dizer tudo o que desejo.
6
F – Um dia um ser descortês
O – Veio a mim com grosseria,
F – Visando à selvageria
O – Dos brutos sem sensatez.
F – Senti raiva, mas, em vez
O – De responder co' um lampejo
F – De grosseria o vicejo,
O – Saí de perto do “troço”.
Desejo, porém não posso
Dizer tudo o que desejo.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Já posso avistar o brilho/ Do resplendor do Natal.

Já posso avistar o brilho
Do resplendor do Natal.
1
O – Novembro se vai findando.
F – Dezembro, então, se aproxima.
O – E a transformação do clima
F – Já se vem acentuando.
O – Há um raiar começando.
F – Um raiar de um bom sinal.
O – É a vinda gradual
F – Do Natal, por alvo trilho.
Já posso avistar o brilho
Do resplendor do Natal.
2
F – Tudo se faz diferente.
O – É linda a vinda que brinda
F – Esse festejo que finda
O – Toda a angústia da gente.
F – O Natal nos traz somente
O – Tudo o que é bom e vital.
F – Não troco o seu “alto astral”
O – Por outro que não partilho.
Já posso avistar o brilho
Do resplendor do Natal.
3
O – É nessa data que eu posso
F – Sentir-me mais inclinado
O – À poesia e dotado
F – A dar vida ao dom que esboço.
O – No Natal o peito nosso
F – Faz-se mais sentimental
O – E eu conclamo o pessoal
F – Pra ceia que eu compartilho.
Já posso avistar o brilho
Do resplendor do Natal.
4
F – Minha casa fica cheia
O – De pessoas que visitam
F – Meu lar, para que permitam
O – Mais risos em minha ceia.
F – Na minha e na casa alheia
O – Ouço canções em coral
F – E o sonho se faz real,
O – Posto “não ver-se” empecilho
Já posso avistar o brilho
Do resplendor do Natal.
5
O – A taça que brinda a festa
F – Transborda na mão que agita.
O – E a alegria explicita
F – Seu riso que, à festa, empresta
O – A santa emoção que infesta
F – O recinto no local
O – Da celebração frugal,
F – Exposta em cada estribilho.
Já posso avistar o brilho
Do resplendor do Natal.
6
F – É lindo poder unir
O – Todos em um só propósito.
F – Tendo da paz o depósito
O – Nos corações a fluir.
F – Vê-se em cada suvenir
O – Um valor emocional;
F – E, no plano vesperal
O – Da festa, o chão que eu palmilho.
Já posso avistar o brilho

Do resplendor do Natal.

O= Osvanildo Almeida; F= Felipe Amaral