quarta-feira, 20 de abril de 2016

Divagações de Poeta (por Felipe Amaral)


Divagações de Poeta
(por Felipe Amaral)

Divaga, minh'alma.
Livra-me do trauma
Da perda da paz
Que me satisfaz
O agre coração.
Traz-me a condição
De ir ao infinito
Voando num rito,
Deixando este chão
Cheio de aflição
Que prende o meu ser
Ao hostil poder
Das grades do mal
Que me faz mortal
E a calma elimina.
Meu ser se destina
À aura divina
Que envolve o poeta
E fá-lo um esteta
Que busca o Nirvana
Da paz sobre-humana;
Da fé confortante;
Da luz incessante;
Do ardor que o alenta;
Do alvor que sustenta
O espírito puro;
Do porto seguro
Que oferta conforto;
Do silêncio absorto
Da mente em sossego;
Do são desapego
Da matéria morta
Que o ser desconforta
E em dor o encarcera;
Da vida feliz;
Da força motriz
Da santa esperança;
Da'alma que descansa;
Do canto dos anjos,
A voz dos arranjos
No Azul Sideral;
Da foz da caudal
Da consolação;
Da santa visão
Do santo lugar;
Da chance de estar
No Céu Indiviso;
Do alvo Paraíso;
Do divino Altar,
O alvo limiar
Da Glória celeste,
Certeza inconteste,
Pureza em marfim,
Beleza sem fim,
Riqueza da Glória,
Riso da vitória,
Amor sem final,
Favor sem igual,
O Santo Fulgor...

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