Claridades
de efusivo refulgir de vivo gozo
por
Felipe Amaral
Caminhava
em desmedida carreira e o globo,
A
fitar a luz da existência que almejava,
Abria-se
todo para reter, em vívido “afobo” (^),
O
menor raio do alvor que já brilhava.
Prazer
em plectro de poesia celestial.
Anjos
que cantam o doce das melodias brancas.
O
visceral sentimento súbito e transcendental
Que
revigora os sonhos e as opiniões mais francas.
Vida
que goza a claridade eterna
Num
bulício de ímpeto brusco e sobre-humano.
Claros
veios de sóis sem o calor-caserna
Que
incendeiam a alma do frígido ardor palaciano.
Passos
à procura do fúlgido e são matiz
Das
formas alvi-sidéreas da felicidade.
Anos
de busca. Calmas horas de expectativa feliz
Invadindo
o riso dos lábios da eternidade.
Meses
de um incentivo ainda mais clari-luzente
Voltado
para os oníricos dons da fantasia
Que
se mostra real ante um cintilar patente
De
lírios que infestam o descampar da serrania.
Amor
em haustos de princesa loira.
Miscibilidade
dos néctares do luar.
Inflorescência
espiritual que doira
O
arcano do amor puro que orna os umbrais do lar.
Mares
de água cândida e límpido prodígio
De
quimeras que se fazem valer dentro do eu,
Iluminando
a atmosfera interna, sem litígio,
Clarificando
o espírito e alçando a alma ao apogeu.
Clímax
da trama vital de existir nivoso
Na
brancura da clâmide láctea do riso.
Hora
tranquila das manifestações do gozo.
Brisa
prazenteira que penteia os cabelos de Narciso.
Longa
jornada do enlevo que anima o peito.
Nascer
de faustos em ávidas celebrações.
O
alvor das primaveras nos campos em que me deito
Para
fazer repousar devaneios e paixões.
O
enamorar sem dor, sem hora de partida.
Um
céu em flor. Um rio de brancas flores raras.
Alumbramento
sem ilusões na vida.
Doce
milagre que reaviva emoções já claras.
Embevecimento
de proporções sem conta
No
coração das intenções do gozo
Fazendo
pulsar rios de desejo em monta
Descomunal
que liberta um mar já caudaloso.
Inspirações
sobrenaturais que bailam à roda
Dos
pensamentos poéticos da criatividade.
Loucuras
sãs da mente universal à moda
De
bardos alados sobre nuvens de perpetuidade.
Danças
de frêmitos audazes de prazer
Sempiterno
que exala o néctar da ambrosia
Que
fortalece o poeta em seu fazer
De
santo artista que em rimas se extasia.
Estremecimentos
de origem não contada
Que
logram o êxito de tornar viçosa
A
vida da célere nota executada
Pela
“corda” vocal da boca mais jocosa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário