quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Um abantesma se arrasta / No asfalto negro da rua.

Um abantesma se arrasta
No asfalto negro da rua.
1
Quando a noite escura cai,
Não fica ninguém na vila.
A praça fica tranquila,
Se, ali, ninguém se distrai.
Mas o sossego se esvai
Quando assombração atua,
Aprontando falcatrua
Ante a'escuridão nefasta
Um abantesma se arrasta
No asfalto negro da rua.
2
O medo preenche o espaço
E a segurança se finda.
Restando um vivente ainda,
O mal recolhe o seu braço,
Mas, só é vê-se um pedaço
De terra vazia e nua,
Que a fantasmada efetua
Uma ação que o bem contrasta.
Um abantesma se arrasta
No asfalto negro da rua.

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