quinta-feira, 25 de abril de 2013

Eis o ínclito protoplasto / Da verve pantagruélica.

Eis o ínclito protoplasto
Da verve pantagruélica.

1
R.F – Acapno fluido laudânico
O.A – Do elã que evoca ataráxico (cs)
R.F – Nirvana sem surto atáxico (cs)
O.A – De um parestésico pânico.
R.F – Fluxo elétrico galvânico
O.A – Que desfibrila autotélica
R.F – Écloga sã e arcangélica
O.A – Do dom mais nobre e mais casto...
Eis o ínclito protoplasto
Da verve pantagruélica.
2
O.A – Comensal vulto poético.
R.F – Ambrosíaco livor.
O.A – Ergástulo sem cruor.
R.F – Iantra peripatético.
O.A – Feixe de luz amulético
R.F – De cosmogonia télica
O.A – Que explica’ a’ existência célica
R.F – Do belo em todo o seu fasto...
Eis o ínclito protoplasto
Da verve pantagruélica.
3
R.F – Saber díctico-semântico
O.A – Que a semiologia exalça,
R.F – Mas que a suplanta e percalça
O.A – Ênfase tonal de cântico.
R.F – Epodo (^) de alvor romântico
O.A – Que defenestra a babélica
R.F – Cantata mefistofélica
O.A – Que enleva a alma ao nefasto...
Eis o ínclito protoplasto
Da verve pantagruélica.
4
O.A – Lúdico vigor crescente
R.F – Que guia o espírito ao plectro.
O.A – Da luz o fulgor do espectro;
R.F – Do amor o dulçor latente;
O.A – Da vida a calma silente;
R.F – Do céu a cantiga angélica;
O.A – Da terra a paz antibélica;
R.F – Da mente o saber “mais vasto”...
Eis o ínclito protoplasto
Da verve pantagruélica.
5
R.F – Doce prazer epicínico.
O.A – Usufruto epitalâmico.
R.F – Aromatismo balsâmico.
O.A – Virginal ar querubínico.
R.F – Estado antimiodínico.
O.A – Aptidão psicodélica,
R.F – Socrática, aristotélica.
O.A – Neoplatônico idioblasto.
Eis o ínclito protoplasto
Da verve pantagruélica.
6
O.A – Onirismo freudiano. (frói-diano)
R.F – Juguiano* misticismo. (*iunguiano)
O.A – Pitagórico ascetismo.
R.F – Foco keyserlinguiano. (caisserlinguiano)
O.A – Épico homérico plano.
R.F – Hesiódica e evangélica,
O.A – “Avassalante” e famélica
R.F – Unção que do’ estro é’o emplasto.
Eis o ínclito protoplasto
Da verve pantagruélica.

Um comentário:

  1. fui ver agora... errei no verso que fala "lantra peripatético"... negócio é que não me lebro o que eu queria dizer quando fiz o poema, neste verso...... depois eu penso.......perdoem-me..... errrar é sempre hummmmnao.... tá vendo? errei de novo....

    ResponderExcluir