sexta-feira, 5 de abril de 2013

Obeliscos de luz

Revestia-se a noite de atra burca,
Mas o clima irreal via em Porfírio
Descrição filosófica e no gírio
Sopro, o mestre Plotino em branca urca.

Saí eu e, perante o que bifurca
Avenidas tal qual ataque assírio,
Escolhi à direita como um tírio
Sobre a nau que um “mar negro” não conspurca.

Torres altas havia: De urbe, oráculo.
Obeliscos de luz: Do andante, o báculo.
Edifícios: Das ruas, a pirâmide.

Era fim de um dezembro que não arfa
Com sibilo e torpor. Mês que não marfa

Corações nem macula a branca clâmide.

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