Somos Obrigados!
Nunca neguei que os meus sonhos são altos demais. Bem como, que não desistirei de nenhum deles.
A praça está sempre lotada. Ando. Passo em frente. E os rostos me focam. Pedem respostas que eu não tenho para dar. Silencio, mas continuo a caminhada. E hei de chegar a algum lugar. Sempre chego. Por que na vida seria diferente?
Cobro a verdade. Sou imperfeito, mas, mesmo assim, tenho sempre a cobrar. É uma necessidade. Não posso fazer nada a respeito. Se não cobrasse, descerebraria-me.
As cortinas já se abriram faz tempo. Não há mais razão para evitar subir ao palco. Mas dramatizar, isso, nem pensar! A vida real precisa encenar angústias reais. E furtar-me a elas seria uma enorme inutilidade de ser. O ser vive e cabe a ele lidar com suas dores. E elas não poupam a lida. A lida é uma dor. Afasto-me, mas não consigo não sentir nada. Não sinto que consegui.
Tranquei-me em meu quarto e, até à tarde, ficarei por aqui. Espero só que as mudanças não sejam tão cruéis comigo. Não quero tristeza! Não admiro lágrimas. E, quando for a hora de sair, partirei com um riso nos lábios. E a manhã, que me entristece, há de anoitecer mais cedo...
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