quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Entre Fúrias Licantrópicas - Prosa Poética

Entre Fúrias Licantrópicas

Minha alma dói. Meu ser aguarda boas novas. Sei não vê-las. Sei não tê-las. Só sei!
Por que falo tanto na dor? Por que insisto nisso? Acho que, até isso, traz-me dor. Mas não consigo evitar!
A ordem das coisas desordenou-se. A desorganização me toma. O cérebro já não consegue pensar direito. O temor é o que me resta. Festas não há. Risos, não mais. E a casa esvaziar-se-á. E eu olharei para dentro do recinto com um sortimento enorme de ideias pequenas que não me trarão qualquer certeza de futuro. Mas penso que atingirei objetivos almejados pelo fato de ter a atenção voltada para outros fatos. Inspirações fatídicas...
Agora o medo assalta, mas o estro não me deixa ficar parado ante as colunas, propileus, balaustradas, pilastras da desventura que me estaria à espera...
Eu sou um lobo. Uivos tristonhos não condizem com presas à vista. Dar-me-ei à pressa. A presa me espera. A caçada termina...

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