Poetic-Lit – A
Inconformável Glenn
1
A
Glenn já tinha vivido
Bastante
em, tão esquecido,
Lugar
e não tinha sido
Despertada
pra pensar
Em
sair daquele canto.
Então,
sem qualquer espanto,
Teve
uma luz e, portanto,
“Resolveu-se
a” viajar.
2
Quis
procurar um lugar
Que
lhe pudesse ofertar
O
que estava a procurar:
Alguma
oportunidade
De
mudar a sua vida,
Já
há muito concebida
Como
uma coisa vivida
Sem
muita felicidade.
3
A
Glenn tinha era vontade
De
achar-se numa cidade
Cheia
da capacidade
De
fazê-la mais feliz.
Mostrar-lhe
“um outro” horizonte.
Outro
viver. Outra fonte
De
vivências. Sim, e um monte
De
coisas que sempre quis.
4
Chegando,
não viu hostis
As
ruas, nem pueris
Seus
planos, que os juvenis
Viventes
dali também
Arquitetavam
seus planos,
Com
vista a não verem danos,
Visando
o prazer que os anos
De
juventude detêm.
5
Começou
a se dar bem
Quando
“se impôs ir além”
E
achou um emprego sem
Estresse
e desassossego
Numa
loja de cd’s.
Sem
erros, dúvidas, porquês,
Achou-se
a viver de vez
Sem
pressa, arranque e ofego.
6
Sem
ver “presente de grego”,
Desarranjo
ou “desagrego” (^),
Angústias,
desaconchego,
Levava
a vida na paz.
Gostava
da loja. E tudo
Tinha
agora um conteúdo
De
novidade e agudo
Grau
de um conforto que apraz.
7
A
vida que satisfaz
Ela
tinha agora. Mas
Antes
não tivera nas
Paragens
onde morava.
Começou
a estudar
Ali
naquele lugar,
Após
se estabilizar,
Próximo
de onde trabalhava.
8
Ao
centro escolar rumava.
Com
muitos já conversava,
Pois
com todos se enturmava...
Na
verdade, quase todos!
A
vida era um paraíso.
A
paz ornava o sorriso.
Detinha
o que era preciso
Sem
se valer de engodos.
9
Não
lhe faltavam “denodos”.
Via
na vivência os rodos
Que
lançavam longe os lodos
Que
a pudessem envolver.
Via-se
em tudo capaz
Levando
uma vida assaz
“Motivante”,
sempre atrás
De
achar inda mais prazer.
10
Nessa
busca, pôde ter
A
alegria de ver
Alguém
que viria a ser
Seu
mais forte pretendente.
Colegas
de faculdade,
Os
dois, sem rivalidade,
Se
tornavam, na verdade,
Namorados
no presente.
11
Cada’um
ali mais contente.
A
vida assaz sorridente.
Fato
é que, rapidamente,
Se
viram “super ligados”.
E
tudo às mil maravilhas.
Apenas
risos nas trilhas
Trilhadas
ante partilhas
De
afetos, amor e agrados.
12
Depois
de uns meses passados,
O
amor fez que ambos os lados
Quisessem
se ver mais dados
A’um
convívio familiar.
“Agora”
a Glenn o levava
À
sua “city” e falava
Dos
seus pais, que tanto amava,
Mas
que os teve que deixar.
13
Ela
queria alugar
Outra
casa e, outro lar,
Constituir
no lugar,
Agora,
onde já se via.
Ele
aceitou o convite.
E,
do amor, o apetite
Cresceu
sem traçar limite.
Igualmente,
a alegria.
14
Uma
vida dia a dia
Vivida
com empatia,
Tendo
do amor energia
Pra
durar “eternidades”.
Todavia,
algo ocorreu
Que
transportaria o breu
De
um sol que se escureceu
Àquelas
localidades.
15
Com
pouco, as intimidades,
Carícias,
diversidades
De
assuntos, e as liberdades
Foram
ficando menores.
Havia
algo em cada prédio:
Um
engano sem remédio.
Desilusão...
Era o tédio
Fazendo
os dias piores!
16
Por
melhores pormenores,
Fato
é que, sem ver melhores
Tempos,
ela, sem maiores
Censuras
se resolveu.
Agora
vive distante.
Por
certo busca um instante
Mais
de paz, mas, adiante,
Vê
que já se arrependeu.
17
Muda
de novo, pois seu
Viver
já se vê no breu
Do
tédio que o envolveu
E
ela almeja a novidade...
Ele
casou. Se conteve.
Em
um amor se deteve.
E
esse foi o que o manteve
Longe
da frivolidade.
18
Vai
de cidade em cidade
Ela
em busca, na verdade,
De
uma tal felicidade
Que
nunca haverá de achar.
E,
assim, se vão os amores.
Aos
corações restam dores.
E,
a ela, somente flores
Sem
aroma pra cheirar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário