sexta-feira, 13 de abril de 2012

Poetic-Lit – Djene (Uma Chick-Lit Poética)

Aviso: caso haja erros de métrica ou outros quaisquer, avisem-me e eu os corrigirei.Boa leitura.


Poetic-Lit – Djene

1
Quando Djene se mudou,
Por resolver ir tentar
A vida na capital,
Não podia acreditar
Que ela, em pouquíssimo tempo,
Um bom emprego ia achar.
2
Teve a sorte de encontrar
Amigas que, há um tempão
Não via, e, ao falar com elas
Da sua situação,
Pôde receber ajuda
De todas, sem exceção.
3
Com muita motivação,
Todas lhe vieram dar
Contatos, cartões, convites
E muitas dicas sem par
Pra que ela, enfim, conseguisse
Um emprego sem tardar.
4
Ao chegar a visitar,
Com seu currículo na mão,
Várias empresas e grandes
Redes de televisão,
Ela se viu indecisa
Devido a tanta opção.
5
Em toda conversação
Em cada empresa exemplar
Havia se dado bem,
Mas precisava optar
Por uma só, pois não dava
Pra tudo aquilo abarcar.
6
Antes de determinar
Com forte convicção
Uma coisa aquele instante,
Ela teve uma intenção
De ir a um determinado
Canal de televisão.
7
Obteve aprovação
Nos outros que quis tentar.
Mas aquele lhe chamava
A atenção sem cessar,
Visto ele ser diferente
Demais para “lhe” aceitar.
8
Bem, esse dado lugar,
A sua visitação,
Ainda não tinha “visto”,
Mas pela simples razão
De ela não fazer contato
Por falta de informação.
9
As amigas, na’intenção
De a verem logo encontrar
Um bom emprego, e bem rápido,
Não lhe quiseram falar
Sobre cantos mais difíceis
De alguma vaga arranjar.
10
Mesmo assim, ela quis dar
Uma chance à vocação
Que a’inclinava a emissoras
Grandes de televisão.
Então decidiu de vez
Enfrentar essa missão.
11
Foi com seu currículo à mão
E, chegando ao tal lugar,
Já viu que não ia ser
Muito fácil de arrumar
Um serviço ali naquele
Canal, já tão popular.
12
Viu muitos ali co’um ar
De total motivação
E certeza, e se sentiu
Imersa em indecisão,
Mesmo assim, quis aguardar
Em frente à recepção.
13
Vendo muitos no salão,
Não quis se pronunciar
Com demasia, só disse
A que veio e foi sentar.
Na’agenda, talvez tivesse
Ficado em último lugar.
14
Já estavam a chamar
Quando adentrou o salão,
Mas, apesar de algum tipo
De atraso, viu condição
De achar espaço na’agenda
Daquela instituição.
15
Era errada a impressão
Tida naquele lugar,
Pois ela, posteriormente,
Pôde, afinal, confirmar
Sua entrada ali naquele
Canal, “já tão popular!”.
16
Mal ela podia andar,
Devido à empolgação
Com que estava aquele instante,
Pois aquela ocasião
“Lhe reservou” muito riso,
Grito e comemoração.
17
Inda cheia de emoção,
Quis então telefonar
Pras amigas pra dizer-lhes
O que viera a se dar
Com ela aquele momento
De um ânimo sem similar.
18
Pegou o seu celular.
Discou a numeração
Da Raquel. Ela atendeu.
E ela, então, de supetão,
Contou-lhe a boa notícia
Dessa sua admissão.
19
E, aí, Raquel fez questão
De se dispor a ligar
Pras demais, embora tendo
Na linha do celular
Ainda a admitida
Naquele emprego sem par.
20
Começou logo a teclar
Os números da ligação
De uma e de outra colega
Na maior animação,
Porém sem deixar que a Djene
Tirasse o “fone” da mão.
21
Era em uma ligação
E em outra sem se deixar
Interromper a conversa
Que estava ainda a levar
Com a Djene, que não era
Também de deixar passar.
22
Isso, por seu celular
Oferecer-lhe opção
De atender várias chamadas
E as pôr numa condição
Como de linhas cruzadas,
Mas com’a monitoração.
23
Ao final, a ligação
Que viera a começar
Com uma pessoa só,
Deu-se de finalizar
Com quatro “loucas” “na linha”,
Todas querendo falar.
24
Raquel a monitorar
Tudo, fazia questão
De informar com paciência
Cada’uma com precisão...
E sem permitir que as mesmas
Dessem azo à confusão.
25
Só depois da’informação
Ser repassada com ar
De alegria, mas com calma,
A Raquel pôde botar
Todas na mesma chamada
Pra podê-las escutar.
26
Depois de muito falar,
Djene, pra fim de questão,
Resolveu chamar as mesmas
Pra’uma comemoração
Em um dos bons restaurantes
Daquela imediação.
27
E, ao fim da conversação,
Todas ficaram de dar
Uma passada no canto
Que ela veio a indicar.
Logo à noite se arrumaram
E foram ao tal lugar.
28
Raquel chegou com um ar
De tamanha empolgação
Que contagiou a todas,
Diante da ocasião
Ser mesmo pra se deixar
Levar pela animação.
29
A Bex não viu condição
De poder se controlar;
A Tamy também não viu;
E Djene tratou de entrar
Naquela festa de risos
Que ecoavam pelo ar.
30
Lá “começaram tomar”
Drinques feitos com limão.
Mas, após todas se verem
Co’ainda mais propensão
À’empolgação, decidiram
Mudar o drinque em questão.
31
Agora cada’uma à mão
Trazia algo pra tornar
A noite ainda mais “quente”;
E o recatado lugar
Ia ver o que elas eram
Capazes de aprontar.
32
Começaram a dançar
Ali mesmo no salão.
Havia muitas pessoas,
Cadeiras, mesas e o chão
Estava liso demais,
O que arriscava essa ação.
33
Com pouco, um escorregão,
Um tombo e todo o lugar
A ficar bestificado
Co’aquela cena sem par.
Coisa que não acostumava
Vir a se verificar.
34
Então, rindo sem parar,
As garotas em questão
Decidiram prosseguir
Com aquela “agitação”
Noutro canto, pois ali
Não havia condição.
35
Com a mesma empolgação,
Ou maior, foram “achar”
Uma boa discoteca
Onde pudessem dançar
E se divertir à vera,
Já sem se “preocupar”.
36
Encontrando um bom lugar,
Pararam pra diversão.
Havia uns garotos lá
Que “estavam de azaração”...
E eu nem preciso dizer
Como acabou “a sessão”.
37
A segunda foi de ação,
Após distração sem par
Em uma sexta animada,
Um sábado pra se lembrar
E um domingo que jamais
Deveria se acabar.
38
Mas findou e ela, ao olhar
Praquela situação,
Teve que se conformar,
Então fez a decisão
De tratar de se arrumar
Pra’entrar noutra ocupação.
39
Depois da transformação
Da’aparência, inda no lar,
Ela partiu pra o trabalho
A fim de poder “tocar”
Essa novíssima missão
Que aceitou realizar.
40
Chegando pra trabalhar,
Teve a apresentação
Dos seus colegas de ofício
E da localização
De toda sala ligada
“Com” a sua atuação.
41
Conseguira admissão
Numa área peculiar,
A área de criação,
Onde já viera estar
Quando, na’universidade
Inda estava a estudar.
42
É que veio a se formar
Em Cinema, por razão
De gostar da’área voltada
Para a roteirização.
Então tava no setor
Perfeito pra’atuação.
43
- Junto com você estão
Djey e Ed... Pra’ajudar! –
Ela ali ouviu a chefe
Daquela área, a apontar
Pra os dois já acomodados,
Cada qual em seu lugar.
44
Ana era chefe do andar
Tido pra’acomodação
Dos roteiristas, “designers
E outros que, na criação
Publicitária, atuavam
Com total dedicação.
45
Djene ouviu a’explanação
Todinha sem nem pensar
Em interromper a chefe
Quando ela estava a falar.
E, só após se achar só,
É que pôde se expressar.
46
- Então este é o lugar
Onde ocorre a criação
Dos programas mais bem vistos
Por toda a população
Que habita por esta rica
E imensa região?...
47
Com uma caneta à mão,
Numa cadeira a girar,
Ela se viu satisfeita
Por naquele canto estar.
Olhou pra tudo e aguardou
A hora de começar.
48
Mas não ia iniciar
Inda a sua atuação.
Foi chamada pra’um almoço
Com todo o alto escalão
Daquela rede; e, após
O’almoço, a liberação.
49
Saiu em reflexão*,
Por desejar desvendar
Porque lhe trataram tão
Bem, já que ouvira falar
Que aquela rede um “porre”,
Coisa de não suportar.
(*o “x” como 2 sílabas)
50
Por certo seu exemplar
Currículo fora(^) a razão
Desse tamanho interesse
De todos ali... E, então...
Era aproveitar a pompa
E gozar da posição.
51
E, sem preocupação,
Ela pôde começar
No outro dia a fazer
O que estava a almejar,
Mas tão ansiosamente,
Que mal podia esperar...
52
Ganhou algo em que pensar
E, sem ver hesitação,
Opinou e deu motivos
Pra que todos, no salão
De reuniões, lhe dessem
Razão na colocação.
53
Depois da reunião,
Foi à sua sala olhar
Como podia fazer
Para tentar ajustar
A redação do roteiro
Sobre o qual quis opinar.
54
A última sala do andar
Era a sua; e ela não
Perdeu tempo. Dirigiu-se
Ao seu espaço em questão
E tratou de entrar em seu
Processo de criação.
55
Por fim, a demonstração
Oportuna e singular
Do seu grau de habilidade
Na’área de roteirizar
Deu-lhe um posto ainda mais
Digno de se orgulhar.
56
Todos lhe quiseram dar
Parabéns pela ação
Perfeita “ali” na mudança
Do tal roteiro em questão.
E ela ficou sem palavras
Diante de tal reação.
57
Já vendo a ocupação
Como algo “pra” não se achar
Preocupada, ela achou
De começar a pensar
Em um relacionamento
Co’alguém daquele lugar.
58
Djey, há muito, estava a par
Da sua situação
De ausência em atividades
Que envolvessem relação
Amorosa e se mostrava
Pronto pra’entrar em ação.
59
E ela, muito atenta, não
“Se via” sem suspeitar
Do Djey e, então, decidiu
Chamá-lo pra conversar.
Ele não ficou surpreso,
No entanto, fingiu estar.
60
Era de se admirar
Aquele tipo de ação.
Ela nem titubeou
Diante da ocasião
Propícia pra vir tomar
Tão complexa decisão.
61
Era a modernização
Fazendo ela se achar
No direito de poder
Interferir no “andar
Da carruagem” da vida,
E uma chance aproveitar.
62
Na verdade, é grande azar
Pra o homem a condição
De ter sempre que tomar
A complexa decisão
E nunca “vê-la” tomada
Pela garota em questão.
63
Sem ter discriminação,
Todos têm que concordar
Que a mulher deve fazer
A sua vida tomar
A direção que ela quer,
Agindo sem hesitar.
64
E a atitude exemplar
Tomada na’ocasião
Pela Djene fez o Djey
Encontrar-se em condição
Totalmente apropriada
Para uma declaração.
65
Ele, um dia, fez questão
De vir a desabafar.
Falar tudo o que ainda
Ele tinha pra falar.
E ela ficou encantada,
Ao vê-lo se declarar.
66
“Já era hora de morar
Junto”. Essa que era a questão.
Ela resolveu mudar-se
De vez pra habitação
Dele, e ele se sentiu
Muito bem co’a decisão.
67
Mas a mudança em questão
Ia se concretizar
Só depois de alguns dias,
Que ela tinha que falar
Inda co’o proprietário
Dono de onde era o seu lar.
68
Falou e quis fixar*
Data pra devolução
Daquela casa alugada
Que era a sua habitação,
Mas que não seria mais
Em futura ocasião.
(*o “x” como 2 sílabas)
69
Toda a “ambientação”
Sentimental do lugar
De trabalho para os dois
Haveria de mudar.
Mas ela “viu-se” à vontade
Quando isso pôde notar.
70
Semanas a namorar,
Meses de satisfação,
E a coisa “se viu” mudada
Devido à situação
Que obrigou o Djey a vir
Tomar dura decisão.
71
Optou pela opção
De, ali, não desperdiçar
Aquela chance que tinha
De a sua vida mudar
Indo trabalhar em outra
Rede que o veio a chamar.
72
Ele tinha dado azar
Outrora em toda a ação
Que fizera pra tentar
Conseguir admissão
Naquele canal, na vaga
De chefe de redação.
73
E, após tanta “ralação”,
Agora via se achar
Em condição favorável
E decidiu não ficar
Mais onde ele trabalhava,
Optou por viajar.
74
A rede iria “mandar
Ele” à outra região.
Mas ele não se importou
Com aquela informação.
E resolveu aceitar
Sua nova ocupação.
75
Mas, com essa decisão,
Teve, então, que se ausentar
E a Djene, aí, decidiu
A relação acabar,
Pois não daria pra ele
Com tantas coisas arcar.
76
Posto que, aquele lugar
Pra onde ele iria, não
Ficava nadinha perto
E é certo que a relação
Seria prejudicada
Co’aquela separação.
77
Da tal localização
Onde estava a trabalhar,
Ele até que costumava
Ligar para perguntar
Sobre como estava ali,
Mas não queria voltar.
78
E ela decidiu deixar
Pra trás a tal relação.
Continuou inda amiga
Do Djey, porém fez questão
De tentar partir pra outra
Pra não se ver sem ação.
79
O Ed era um amigão
Que sempre vinha ajudar
Quando ela necessitava
De uma ajuda no lugar
Concernente a algum texto
Que era ruim de consertar.
80
Disse que iria morar
Noutra localização,
Pois o dono do imóvel
Da antiga habitação
Que alugara precisava
Vender a casa em questão.
81
Passou a informação
Que ela queria escutar,
Pois necessitava urgente
De um canto para ficar
Que não fosse muito caro
E difícil de alugar.
82
Afirmou então “topar”
Dividir a locação
Do apartamento com ele,
Pois que a sua precisão
Era demais dado instante
E aquela era a solução.
83
A partir de ocasião
Tão propícia pra tentar
De vez aproximação
Mais nítida, ela quis mostrar
Que estava mesmo propensa
A se deixar conquistar.
84
Mas o fato é que o azar
De tão boa ocasião
Ser atrapalhada pela
Moça da recepção
Veio atravancar a fase
Da paquera e sedução.
85
Era estagiária e não
Estava ali pra brincar.
Começou logo com tudo
E o Ed quis se deixar
Envolver pelo seu charme
E a começou namorar.
86
Djene quis se controlar,
Mas pra tal não viu ação
Que bastasse, visto que
Toda a sua reação
Diante dela deixava
Clara a sua posição.
87
E, assim, não “largou a mão”
De continuar a tentar
Mostrar que era, na verdade,
Algo pra não se deixar
Passar, pois era mais bela
Que a que ele estava a “pegar”.
88
Intentou, então, buscar
Um carinha bonitão
Dentre as muitas amizades
Das amigas que, em questão,
Viam-se ali totalmente
Envolvidas “na missão”.
89
Naquela sua “armação”
Pôde algum êxito lograr.
Ao menos agora o Ed
Começava a encarar
Sua amizade com ele
Co’outros olhos, em seu lar.
90
E não demorou pra’achar
Algum tipo de razão
Pra perguntar sobre o cara
E qual era a relação
Entre ela e ele, e o tempo
Dessa amorosa união.
91
“Se fez” até de durão,
Só que dava pra notar
Que ele havia se sentido
Estranho ante a singular
Relação que ela mostrava
Estar a vivenciar.
92
Começou a se afastar
Da tal da recepção.
Certo é que havia “ficado”
Com ela na condição
De namorado, porém
Mudou de situação.
93
Aí, Djene, por razão
De ver se desconsertar
A relação “dos pombinhos”,
Deu-se também a se achar
Só e, assim, a coisa toda
Veio a se modificar.
94
Pra, enfim, se configurar
Uma ardente relação
Entre os dois, A Djene e o Ed,
Não houve demora não.
E, assim, a coisa esquentou
Lá naquela habitação.
95
A tal da recepção
Deixou de se apresentar
Na emissora onde os dois
Dividiam o lugar,
Agora co’uns novos nomes
Que estavam a trabalhar.
96
Mas a Ana, ao tal lugar,
Também não vinha mais não.
O povo desconfiou,
Após tanta reunião,
E a Ana sem dar as caras
Ali naquele salão.
97
O fato era que a questão
Dela não se apresentar
Era o caso de ela ter
Viajado pra pegar
Uma vaga lá na rede
Onde o Djey foi trabalhar.
98
Sim, e ela pôde deixar
Vazar a informação
Que só fora(^) pra tal rede
Por “mera e simples” razão
De estar grávida e se envolvendo
Co’o Djey já há um tempão.
99
A Djene “perdeu o chão”
Quando foram lhe contar
Que a chefe já namorava
O Djey desde o singular
Momento em que ele assumira
Que com ela ia morar.
100
Djene quis telefonar
Pra ele pela razão
De querer saber se ele
Tinha alguma explicação
A dar a ela daquela
Degradante informação.
101
Quem a convenceu que não
Deveria ir procurar
Por qualquer informação,
Vindo a se preocupar,
Foi o Ed e ela optou
Por não mais telefonar.
102
Djey casou lá no lugar
Onde exerce a profissão
Ainda hoje com a Ana,
Chefiando a redação
De um dos canais mais falados
Lá daquela região.
103
A Djene, na redação
De um também bem popular,
Trabalha ao lado do noivo.
E o Ed quis se mudar.
Foi pra longe. “Se casou”.
E não quis mais retornar.
104
Quem ali veio a mudar
Toda evidenciação
De calmaria e marasmo
Dentro da tal redação
Foi o San, já quando o Ed
Quis sair da região.
105
E é o San que, desde então,
Está ali a fazer
A Djene inda mais feliz,
Preenchendo o seu viver
De amor e motivações
Pra esquecer relações
Que não puderam durar.
Esse, um noivo atencioso,
Talvez, à frente, um esposo,
Caso esse amor tão zeloso
Venha a se perpetuar.

_AUTOR: RF AMARAL_



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