quinta-feira, 19 de abril de 2012

Poetic-Lad-Lit – Da Notícia ao “Dance” - 1º Parte

Aviso: Caso ocorram erros, avisem-me e eu os corrigirei posteriormente. Desde já, grato. Boa viagem literária!

Poetic-Lad-Lit –
Da Notícia ao “Dance”
1º Parte

1
Para Sérgio o que havia
Era o desejo sem par
De procurar algo novo
No qual pudesse encontrar
Satisfação que pudesse
A vida complementar.
2
Saiu de casa a tentar
Buscar a nova emoção
Que já vislumbrava em mente,
Todavia ainda não
Tinha achado em sua vida
Naquela imediação.
3
Tratou de ir, por razão
De querer continuar
Ver-se sempre motivado
Pelo novo e palmilhar
Caminhos cheios do ânimo
Que a vida podia dar.
4
Mudou-se para um lugar
Simplesmente por questão
De querer realizar
Ali a sua missão
De uma procura incessante
Por essa nova emoção.
5
Saiu de malas à mão
Sem se deixar atentar
Para as críticas destrutivas
Que muitos vinham mostrar
Como razões pra não ir
Ao desejado lugar.
6
Não mais iria voltar.
Tinha essa convicção.
O povo daquele canto
Não detinha a condição
De mudar, mas ele sim,
Então tomou uma ação.
7
Chegando a tal região
Onde pretendia estar,
Foi trabalhar num jornal,
Após se candidatar
Pra uma vaga que havia
Na gazeta do lugar.
8
Depois de o entrevistar,
O chefe da redação –
Ele mesmo! – se abismou
Com a sua erudição
E decidiu por mantê-lo
Ali, sem hesitação.
9
O nome dele? Zenão.
Companheiro singular.
Sempre motivava os outros
A buscarem divulgar
As notícias com talento,
Mas co’um cuidado sem par.
10
Sérgio não “custou” ficar
Amigo daquele “irmão”.
Companheiro inseparável,
Quando ia pra diversão,
“O chamava” pra ir junto
Pras noites de “curtição”.
11
O fato era que o Zenão
Antes não tinha um lugar
Definido onde “curtir”
Uma festa e ir dançar.
Às vezes saía, mas
Pra tão logo retornar.
12
Era amigo do Lear.
Só que esse não era não
Muito festeiro nem era
De qualquer outra “atração”.
Muito caseiro, saía
Quase por obrigação.
13
Ele tinha até Romão
Pra ir a qualquer lugar
Que quisesse, só que esse
Não era de se deixar
Levar por coisas mais sérias
Por com nada se importar.
14
Vivia de conversar
Coisas chulas, sem razão.
E o Sandro “lhe” acompanhava
Nessa comunicação.
Mas o Zenão era mais
De um “papo” com instrução.
15
Então, diante da ação
De o Sérgio ali se instalar,
“Se viu” bem mais à vontade
Pra sair e festejar
A vida em fins de semana
Que davam o que falar.
16
Assim, pôde concentrar
Na noite a sua atenção.
E num livro que escrevia
Há muito tempo, mas não
Ainda dado desfecho
Por faltar motivação.
17
Tanto erro e revisão
“O fizera” desviar
Sua atenção pra TV
E pra o rádio que, ao ligar,
Encontrava companhia
Nas noites, só, em seu lar.
18
Zenão era popular,
Mas nada de “garanhão”.
Conhecia umas garotas,
Porém não via razão
Pra convidá-las pra festas
Que havia na região.
19
Chefe lá da redação,
Tinha era que se esfalfar
Pra manter tudo na ordem
E não podia ficar
Pensando em quaisquer problemas
Que as relações vêm criar.
20
Tinha ali a Aldinar
Que, naquela redação,
Era muito conhecida
Por gostar de “agitação”
E dele, porém o Sérgio
Evitava a relação.
21
“Dina” era na’imediação
O apelido da’Aldinar.
Ela era amiga da Glenn
E da Lys que, no andar
De cima bem se esforçava
Pra matéria organizar.
22
E ainda a’espetacular
Cloe, em localização
Próxima ao local do jornal.
Exercia a profissão
De editora da revista
De maior circulação.
23
Bem... Naquela região
Inda não havia par
Pra revista “editorada”
Por ela em dado lugar.
E a Cloe muito se orgulhava
De ali poder trabalhar.
24
Fato era que, ao se encontrar,
A turma, em ocasião
De festa em algum local
Que houvesse na região,
“Todo mundo” se animava
E entrava na “curtição”.
25
A Cloe, a Lys, o Zenão;
Sandro e Romão pra “somar”;
A Glenn e a Dina, que tinham
Conhecido no lugar –
Aonde iam muitas vezes –
Sérgio que vinha dançar.
26
Não demorou pra se achar
Clima pra’uma reação
Positiva em meio a tantos
Momentos de distração –
Agora bem mais freqüentes
Em tal localização.
27
Era uma edificação
Com tudo o que se pensar:
Parque, piscinas, lugares
Reservados pra jantar,
Lanchonetes e um “dance”
Bem vasto no quarto andar.
28
Decidiram se encontrar
Lá pela simples razão
De ser bem mais espaçoso
Que “outra qualquer” construção
Destinada aos mesmos fins
Da tal edificação.
29
Esqueci de uma menção
De um bem menos popular
Que o Sérgio – que havia há pouco
“Se instalado” no lugar –
Era o Lear que não vinha
Muitas vezes festejar.
30
Muitas noites a ficar
Envolvido em distração
Festiva naquele canto,
Quis, afinal, o Zenão
Mostrar ao Sérgio o seu livro
Lá na sua habitação.
31
O Sérgio teve intenção
De ajudá-lo a publicar,
Ao ver que a trama versava
Sobre o ato de buscar
Sempre algo novo na vida
Pra não se desanimar.
32
Era o assunto sem par
Dessa peregrinação
Que levava em sua vida
Atrás de mais distração
Pra não se ver descontente
Num viver sem diversão.
33
Falou com animação
Que o queria incentivar
Do jeito que ele pudesse
Pra vê-lo, enfim, desfechar
O trabalho e pôr o livro
No prelo a fim de o lançar.
34
E o Zenão pôde contar
Que a imensa inspiração
Que tivera até o meio
Daquele livro em questão
Há muito havia sumido,
Impedindo a conclusão.
35
Para a finalização
Ele viera a pensar
Em uma ocorrência trágica
Dada naquele lugar
Onde o principal da trama
Ainda estar morar.
36
Mas não soube colocar
Aquilo na criação
Da parte – que ainda resta
Para a finalização
“Se dar” – ante as mais de cem
ginas do livro em questão.
37
Negócio é que a condição
Mental dele no seu lar
Tinha mudado demais
E ele não pôde pensar
Num bom jeito... Até agora!
Visto o poder encontrar!
38
Tinha sido salutar
Demais pra sua visão
De mundo encontrar o Sérgio,
Diante de situação
De uma criatividade
De tão baixa produção.
39
Fato era que a criação
Daquele final sem par
Do livro bem que podia
Co’a sua ajuda contar.
E ele entregou para o Sérgio
O livro pra ele olhar.
40
Começaram a pensar
Juntos sobre a criação
De um desfecho para o livro.
E, estando na redação
Do jornal, sempre encontravam
Um tempo pra discussão.
41
Com muita reflexão*
Puderam, então, chegar
A um desfecho em comum
Inda estando no lugar
De trabalho e concordaram
Em “começarem tentar”.
(*o “x” como duas sílabas)
42
Assim, cada’um em seu lar
Punha a sua criação
No papel e, no’outro dia,
Trazia pra redação,
Pra que escolhessem os pontos
De mais precisa expressão.
43
Entre uma e outra opção,
O certo é que o trabalhar
Naquele texto os fazia
Poderem vir desfrutar
Daquele prazer buscado
Na vida em dado lugar.
45
O real vinha a virar
Secundário, por razão
De se envolverem na trama
Com tanta disposição,
Que quem os via em diálogo
Entrava na discussão.
[Fim da primeira parte]



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