Poetic-Lit – A Traição
1
Quando a
Cláudia decidiu
Por querer
abandonar
O seu muito
atencioso
Namorado e
começar
Um namorico
com'o Marcos,
Ninguém pôde
acreditar.
2
Começaram a
ligar
Com extrema
inquietação
Pra o seu
celular pra ver
Se aquilo
era fato ou não.
E, ao final,
se abismavam
Depois da
confirmação.
3
Sabiam que a
relação
Dos dois era
algo sem par.
Viviam
sempre juntinhos.
Não
costumavam brigar.
Então por
que eles vieram,
Por fim, a
se “separar”?
4
A dúvida
ficou no ar.
Grande era a
agitação.
Seus amigos
não pensavam
Jamais que
tal decisão
Fosse se
realizar
Em tão boa
relação.
5
Sandro deu
sua versão
E a Cláudia
quis discordar.
Pelo visto a
confusão
Não iria
terminar
Pra que os
dois pudessem vir
A se
“reconciliar”.
6
Coisa de se
admirar
Foi esse
fato em questão.
Ninguém
sabia explicar
Esse fim de
relação.
E só restava
aos amigos
Fazer
especulação.
7
Depois de
investigação
Acurada e
exemplar,
Puderam,
pois, finalmente
Chegarem a
algum lugar.
A relação se
desfez
Por um fato
singular.
8
Marcos veio
pra morar
Naquela
imediação.
A Cláudia
morava perto.
E, após uma
relação
Amigável com
o mesmo,
Mudou a
concepção.
9
Passou a
ver, desde então,
Sua casa e
admirar
Seus muitos
bens, sua vida.
Passeava em
seu Jaguar
E ia com ele
aos cantos
Mais caros
para jantar.
10
E, assim, a
continuar
Com essa tal
relação
De amizade
tão estreita,
Viu que a
finalização
Do seu
relacionamento
Com'o Sandro
era uma opção.
11
Pôs término
na relação
Com'o Sandro
sem se importar
Com'o que
ele iria sentir
E o que
iriam pensar
Seus amigos
que pensavam
Que os dois
iriam casar.
12
Não dava pra
imaginar
Que uma
forte ligação
Daquelas
iria, ao fim,
Findar por
motivação
De uma sede
de “status”,
Grana ou
alta posição.
13
Mas, sem ver
hesitação,
A Cláudia,
enfim, quis botar
Um fim numa
relação
Que antes
quis tanto prezar
Pra não ver
o seu desfecho
Ao ver o
amor se acabar.
14
Há muito
estava sem dar
Ao Sandro
muita atenção.
Ele até desconfiara
Dessa sua
reação.
Mas não
suspeitava nada,
Devido à sua
paixão.
15
Não havia
suspeição
Também por
ver se tratar
Talvez de
uma TPM
Ou de algo
similar
Que
suscitasse a mudança
A qual
estava a notar.
16
E, sem se
preocupar,
Ele não via
razão
Pra colocá-la
diante
De qualquer
indagação,
Pois jamais
imaginava
Um fim pra
tal relação.
17
Toda a sua
atuação
Fora sempre
a apoiar.
E, ante essa
transformação,
Em nada iria
mudar.
Iria
apoiá-la sempre
Sem se
deixar abalar.
18
Mas nem se
dera a pensar
Que aquele
dia em questão
Que ela veio
da escola
Co'um
bilhete em sua mão
Seria o dia
do término
Dessa sua
relação.
19
Após
comunicação
Que deixara
a desejar,
Ela entregou
o bilhete
E ele, sem
acreditar
Naquilo
tudo, parou
Olhando ela
a caminhar.
20
Ao vê-la ali
a deixar
Tamanha
interrogação
Na sua
mente, ele quis
Entender
qual a razão
Daquilo tudo
e abriu
O bilhete em
sua mão.
21
Porém sua
inquietação
Não o deixou
terminar
Aquela
carta, que ele
Lia, mas sem
abarcar
O seu
significado,
Então
decidiu parar.
22
Foi andando
pra o seu lar.
Nem pegou a
condução.
Estava muito
abismado
Co'aquela
situação.
Era como um
pesadelo
Tendo
concretização.
23
A tal
realização
Do que nunca
quis pensar
Era estranha
por demais,
Não dava pra
suportar,
Todavia a
sua vida
“O obrigava”
a agüentar.
24
Aquilo era
um grande azar.
Não havia
explicação.
E ele, ao
chegar ao seu lar,
Tentou uma
ligação
Pra o fone
dela, mas ela
Não quis
atendê-lo não.
25
Ele ficou
sem ação,
Então se pôs
a lembrar
Os bons
momentos dos dois
E, aí, não
pôde agüentar
Começou a
chorar baixo
Ali na
sala-de-estar.
26
Já ela foi
ao lugar
Onde, já de
antemão
Marcara pra
se encontrar
Com'o
Marcos, que fez questão
De esperar
quase uma hora
Sentado em
frente ao balcão.
27
Não houve
qualquer tensão
No encontro
em dado lugar.
Ela nem
demonstrou nada
Que é
natural demonstrar
Quando se
finda um namoro
Que demorou
pra acabar.
28
É bom o
leitor notar
Que o Marcos
não tinha não
Informação
do namoro
Daquela moça
em questão.
E jamais
imaginara
Entrar numa
traição.
29
Gostava de
distração
Salutar e
não vulgar.
Nunca traíra
os amigos
Que fizera
em tal lugar.
Mas não
conhecia o Sandro,
Nem pudera
se informar.
30
A “mina” em
vez de falar
Sobre a sua
relação.
Deixou o
rapaz “vendido”
Naquela
situação.
Já
totalmente envolvido
Num plano de
traição.
31
Marcos não
tinha intenção
De se
envolver, no lugar,
Com quem já
fosse de outro,
Porém não
pôde encontrar
Qualquer
indício que aquela
“Mina” o
queria enganar.
32
Foi fácil
ludibriar
O rapazinho
em questão.
Ela, com
todo o seu charme
E sem
demonstrar tensão,
“O envolveu”
sem levantar
Qualquer
mera suspeição.
33
E ele, sem
hesitação,
Ante o que
pôde notar:
Seu jeito,
sua beleza,
A maneira de
falar,
Se sentiu
foi atraído
Sem nada
desconfiar.
34
A formosura
sem par
Daquela moça
em questão
“A fazia”
simplesmente
Um
verdadeiro “avião”
E ele não
seria besta
De negar a
relação.
35
Sua imensa
habitação
Ficava em
frente ao lugar
Onde a moça
residia,
Um belo
primeiro andar...
E a conhecer
foi tão fácil
Que ele não
pôde evitar.
36
Começou a
visitar
A sua
edificação.
E ela também
não mostrou
Qualquer uma
inibição.
E os dois,
ao fim, terminaram
Numa forte
relação.
37
Do Sandro a
habitação
Ficava
noutro lugar,
A'uns dez
quilômetros dali.
E nunca “deu
de” “topar”
Com ele por
pura sorte...
Ou então por
puro azar.
38
Quando ele
ia visitar
Aquela
edificação,
A Cláudia
estava sozinha,
Por isso,
uma condição
De
encontrar-se com o Sandro
Não via
na'ocasião.
39
Naquela
edificação
A Cláudia
pôs-se a morar
Quando os
seus pais se mudaram
Por
comprarem outro lar.
E ela não
quis ir com eles,
Pois se
dispôs a ficar.
40
Aquele
primeiro andar
Estava à
disposição
Ainda dos
pais da Cláudia
Para a sua
habitação.
E, ao que o
quiseram vender,
A Cláudia
falou que não.
41
“O quis” por
premiação,
Já que iria
completar
Vinte e um
anos de idade.
E os pais a
quiseram dar.
E ela,
assim, continuou
Inda naquele
lugar.
42
Insistiu
para morar
Só naquela
habitação.
Mas seus
pais aconselharam
Que tomasse
a decisão
De morar
co'outra garota
Para maior
proteção.
43
E ela, sem
oposição,
Achou
espetacular
Escolher
alguma amiga
Com quem
pudesse habitar.
Chamou a
Paula Alessandra
E ela veio
ali morar.
44
Porém, antes
de aceitar
Vir pra sua
habitação,
Pediu pra
que os pais da Cláudia,
Em rápida
conversação,
Explicassem
aos seus pais,
Daquilo,
toda a razão.
45
Seus pais,
em aceitação
Cordial e
singular,
Disseram que
a Paula iria
Habitar
naquele lar
Pra que a
Cláudia não tivesse
Que ir pra
outro lugar.
46
Pois
gostavam de encontrar
As duas em
relação
De amizade
tão frutífera...
E seria,
aquela ação
De
separá-las, um ato
De quem não
tem coração.
47
Ante aquela
opinião
Tão afetiva
e exemplar,
Os pais
ficaram contentes
E decidiram
deixar
As mocinhas
habitando
Naquele
primeiro andar.
48
Mas
retornando a falar
Qual tinha
sido a razão
Do Marcos
não encontrar
Outro alguém
na'habitação.
É que a
Paula havia ido
Pra'um
intercâmbio em Milão.
49
E a Cláudia,
em explicação
Aos seus
pais, pôs-se a falar
Que iria
chamar a Samy
Pra que
viesse morar
Com ela,
enquanto a Paulinha
Não pudesse
retornar.
50
Mas demorou
pra chamar.
Depois não
viu condição.
Havia muito
trabalho
Da'escola,
muita lição.
Então
decidiu deixar
Para uma
outra ocasião.
51
Na sua
imaginação
O que queria
era dar
Um espaço
pra que o Marcos
Viesse a se
encontrar
Bem próximo
para que ela
Pudesse com
ele estar.
52
Pra ver se
concretizar
Toda a sua
projeção,
Teria que
pôr um fim
Na antiga
relação.
Então
decidiu fazê-lo
Sem nenhuma
hesitação.
53
Após tão
perversa ação,
Viu-se livre
pra contar
Pra o Marcos
sobre o namoro
Que acabara
de findar.
Chegou ao
local marcado
E o viu ali
a esperar...
54
Daqui dá pra
gente olhar
Como segue a
narração.
E o que irá
acontecer...
Só a
continuação
Irá dizer,
mas aqui
Paro e deixo
o frenesi
Que,
decerto, irá se dar
Só a outra
parte entregue,
Que a outra
parte que segue
Haverá de o
desvendar.
[fim
da 1º parte]
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