sexta-feira, 23 de março de 2012

Poetic Lit - A Traição - 1º Parte

Poetic-Lit – A Traição
1
Quando a Cláudia decidiu
Por querer abandonar
O seu muito atencioso
Namorado e começar
Um namorico com'o Marcos,
Ninguém pôde acreditar.
2
Começaram a ligar
Com extrema inquietação
Pra o seu celular pra ver
Se aquilo era fato ou não.
E, ao final, se abismavam
Depois da confirmação.
3
Sabiam que a relação
Dos dois era algo sem par.
Viviam sempre juntinhos.
Não costumavam brigar.
Então por que eles vieram,
Por fim, a se “separar”?
4
A dúvida ficou no ar.
Grande era a agitação.
Seus amigos não pensavam
Jamais que tal decisão
Fosse se realizar
Em tão boa relação.
5
Sandro deu sua versão
E a Cláudia quis discordar.
Pelo visto a confusão
Não iria terminar
Pra que os dois pudessem vir
A se “reconciliar”.
6
Coisa de se admirar
Foi esse fato em questão.
Ninguém sabia explicar
Esse fim de relação.
E só restava aos amigos
Fazer especulação.
7
Depois de investigação
Acurada e exemplar,
Puderam, pois, finalmente
Chegarem a algum lugar.
A relação se desfez
Por um fato singular.
8
Marcos veio pra morar
Naquela imediação.
A Cláudia morava perto.
E, após uma relação
Amigável com o mesmo,
Mudou a concepção.
9
Passou a ver, desde então,
Sua casa e admirar
Seus muitos bens, sua vida.
Passeava em seu Jaguar
E ia com ele aos cantos
Mais caros para jantar.
10
E, assim, a continuar
Com essa tal relação
De amizade tão estreita,
Viu que a finalização
Do seu relacionamento
Com'o Sandro era uma opção.
11
Pôs término na relação
Com'o Sandro sem se importar
Com'o que ele iria sentir
E o que iriam pensar
Seus amigos que pensavam
Que os dois iriam casar.
12
Não dava pra imaginar
Que uma forte ligação
Daquelas iria, ao fim,
Findar por motivação
De uma sede de “status”,
Grana ou alta posição.
13
Mas, sem ver hesitação,
A Cláudia, enfim, quis botar
Um fim numa relação
Que antes quis tanto prezar
Pra não ver o seu desfecho
Ao ver o amor se acabar.
14
Há muito estava sem dar
Ao Sandro muita atenção.
Ele até desconfiara
Dessa sua reação.
Mas não suspeitava nada,
Devido à sua paixão.
15
Não havia suspeição
Também por ver se tratar
Talvez de uma TPM
Ou de algo similar
Que suscitasse a mudança
A qual estava a notar.
16
E, sem se preocupar,
Ele não via razão
Pra colocá-la diante
De qualquer indagação,
Pois jamais imaginava
Um fim pra tal relação.
17
Toda a sua atuação
Fora sempre a apoiar.
E, ante essa transformação,
Em nada iria mudar.
Iria apoiá-la sempre
Sem se deixar abalar.
18
Mas nem se dera a pensar
Que aquele dia em questão
Que ela veio da escola
Co'um bilhete em sua mão
Seria o dia do término
Dessa sua relação.
19
Após comunicação
Que deixara a desejar,
Ela entregou o bilhete
E ele, sem acreditar
Naquilo tudo, parou
Olhando ela a caminhar.
20
Ao vê-la ali a deixar
Tamanha interrogação
Na sua mente, ele quis
Entender qual a razão
Daquilo tudo e abriu
O bilhete em sua mão.
21
Porém sua inquietação
Não o deixou terminar
Aquela carta, que ele
Lia, mas sem abarcar
O seu significado,
Então decidiu parar.
22
Foi andando pra o seu lar.
Nem pegou a condução.
Estava muito abismado
Co'aquela situação.
Era como um pesadelo
Tendo concretização.
23
A tal realização
Do que nunca quis pensar
Era estranha por demais,
Não dava pra suportar,
Todavia a sua vida
“O obrigava” a agüentar.
24
Aquilo era um grande azar.
Não havia explicação.
E ele, ao chegar ao seu lar,
Tentou uma ligação
Pra o fone dela, mas ela
Não quis atendê-lo não.
25
Ele ficou sem ação,
Então se pôs a lembrar
Os bons momentos dos dois
E, aí, não pôde agüentar
Começou a chorar baixo
Ali na sala-de-estar.
26
Já ela foi ao lugar
Onde, já de antemão
Marcara pra se encontrar
Com'o Marcos, que fez questão
De esperar quase uma hora
Sentado em frente ao balcão.
27
Não houve qualquer tensão
No encontro em dado lugar.
Ela nem demonstrou nada
Que é natural demonstrar
Quando se finda um namoro
Que demorou pra acabar.
28
É bom o leitor notar
Que o Marcos não tinha não
Informação do namoro
Daquela moça em questão.
E jamais imaginara
Entrar numa traição.
29
Gostava de distração
Salutar e não vulgar.
Nunca traíra os amigos
Que fizera em tal lugar.
Mas não conhecia o Sandro,
Nem pudera se informar.
30
A “mina” em vez de falar
Sobre a sua relação.
Deixou o rapaz “vendido”
Naquela situação.
Já totalmente envolvido
Num plano de traição.
31
Marcos não tinha intenção
De se envolver, no lugar,
Com quem já fosse de outro,
Porém não pôde encontrar
Qualquer indício que aquela
“Mina” o queria enganar.
32
Foi fácil ludibriar
O rapazinho em questão.
Ela, com todo o seu charme
E sem demonstrar tensão,
“O envolveu” sem levantar
Qualquer mera suspeição.
33
E ele, sem hesitação,
Ante o que pôde notar:
Seu jeito, sua beleza,
A maneira de falar,
Se sentiu foi atraído
Sem nada desconfiar.
34
A formosura sem par
Daquela moça em questão
“A fazia” simplesmente
Um verdadeiro “avião”
E ele não seria besta
De negar a relação.
35
Sua imensa habitação
Ficava em frente ao lugar
Onde a moça residia,
Um belo primeiro andar...
E a conhecer foi tão fácil
Que ele não pôde evitar.
36
Começou a visitar
A sua edificação.
E ela também não mostrou
Qualquer uma inibição.
E os dois, ao fim, terminaram
Numa forte relação.
37
Do Sandro a habitação
Ficava noutro lugar,
A'uns dez quilômetros dali.
E nunca “deu de” “topar”
Com ele por pura sorte...
Ou então por puro azar.
38
Quando ele ia visitar
Aquela edificação,
A Cláudia estava sozinha,
Por isso, uma condição
De encontrar-se com o Sandro
Não via na'ocasião.
39
Naquela edificação
A Cláudia pôs-se a morar
Quando os seus pais se mudaram
Por comprarem outro lar.
E ela não quis ir com eles,
Pois se dispôs a ficar.
40
Aquele primeiro andar
Estava à disposição
Ainda dos pais da Cláudia
Para a sua habitação.
E, ao que o quiseram vender,
A Cláudia falou que não.
41
“O quis” por premiação,
Já que iria completar
Vinte e um anos de idade.
E os pais a quiseram dar.
E ela, assim, continuou
Inda naquele lugar.
42
Insistiu para morar
Só naquela habitação.
Mas seus pais aconselharam
Que tomasse a decisão
De morar co'outra garota
Para maior proteção.
43
E ela, sem oposição,
Achou espetacular
Escolher alguma amiga
Com quem pudesse habitar.
Chamou a Paula Alessandra
E ela veio ali morar.
44
Porém, antes de aceitar
Vir pra sua habitação,
Pediu pra que os pais da Cláudia,
Em rápida conversação,
Explicassem aos seus pais,
Daquilo, toda a razão.
45
Seus pais, em aceitação
Cordial e singular,
Disseram que a Paula iria
Habitar naquele lar
Pra que a Cláudia não tivesse
Que ir pra outro lugar.
46
Pois gostavam de encontrar
As duas em relação
De amizade tão frutífera...
E seria, aquela ação
De separá-las, um ato
De quem não tem coração.
47
Ante aquela opinião
Tão afetiva e exemplar,
Os pais ficaram contentes
E decidiram deixar
As mocinhas habitando
Naquele primeiro andar.
48
Mas retornando a falar
Qual tinha sido a razão
Do Marcos não encontrar
Outro alguém na'habitação.
É que a Paula havia ido
Pra'um intercâmbio em Milão.
49
E a Cláudia, em explicação
Aos seus pais, pôs-se a falar
Que iria chamar a Samy
Pra que viesse morar
Com ela, enquanto a Paulinha
Não pudesse retornar.
50
Mas demorou pra chamar.
Depois não viu condição.
Havia muito trabalho
Da'escola, muita lição.
Então decidiu deixar
Para uma outra ocasião.
51
Na sua imaginação
O que queria era dar
Um espaço pra que o Marcos
Viesse a se encontrar
Bem próximo para que ela
Pudesse com ele estar.
52
Pra ver se concretizar
Toda a sua projeção,
Teria que pôr um fim
Na antiga relação.
Então decidiu fazê-lo
Sem nenhuma hesitação.
53
Após tão perversa ação,
Viu-se livre pra contar
Pra o Marcos sobre o namoro
Que acabara de findar.
Chegou ao local marcado
E o viu ali a esperar...
54
Daqui dá pra gente olhar
Como segue a narração.
E o que irá acontecer...
Só a continuação
Irá dizer, mas aqui
Paro e deixo o frenesi
Que, decerto, irá se dar
Só a outra parte entregue,
Que a outra parte que segue
Haverá de o desvendar.
[fim da 1º parte]


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