segunda-feira, 1 de junho de 2015

Série "Assombrações de Tabira" - O Vulto do Açougue Antigo


1
Fui procurar no açougue
Uma carne pra comprar.
Passando de banca em banca,
Ao fim, eu pude encontrar
Uma carne de primeira
E pedi pra’empacotar.
2
Enquanto o cara botava
A carne num sacolão,
Eu ia contando as notas,
Passando-as de mão em mão.
Foi, então, que eu percebi
Um vulto na multidão.
3
Correu veloz entre o povo.
Quem notou, quis se assombrar.
Paguei a conta ligeiro.
Parti pra não mais voltar…
E ainda bem que o açougue
Não é mais em tal lugar.
4
Do novo açougue não tem
Relato de assombração.
Foi o antigo abandonado,
Mas ainda há cidadão
Que diz que ali, quando é noite,

“Aparece aparição”.

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