1
Maurício
se encaminhava
Pra
casa pra relaxar
Quando
viu algo de estranho
No
horizonte a brilhar
Era
uma imagem sinistra
Que
lhe veio amedrontar.
2
Começou
se perguntar
O
que era aquela visão.
Parecia
um torvelinho
Co’
a força de um furacão,
Porém
não levava nada
Do
que havia sobre o chão.
3
Diante
daquela questão
Sem
resposta pra explicar,
Ele
se viu impotente,
Tentando
achar um lugar
Onde
pudesse daquilo
Tudo
vir a se amparar.
4
Correu
a fim de chegar
A
uma edificação
Que
tivesse uma marquise
Que
lhe desse proteção,
Já
que pensava que aquilo
Liberava
radiação
5
Perto
estava da estação
Do
trem, que iria chegar,
Mas
não havia ninguém
Naquele
dado lugar.
Era
uma coisa suspeita
Que
não sabia explicar.
6
Depois
de ele se abrigar
Em
determinado vão
Da’
estação sob a marquise
De
esvaziado galpão,
Decidiu
ficar por lá
E
dormir na estação.
7
Inda
buscou a visão
E
pôde se deparar
Com
luzes tão reluzentes
Pras
quais nem podia olhar
Por
muito tempo, pois elas
Eram
de um brilho sem par.
8
Pensou
logo se tratar
De
uma sinistra invasão
Alienígena
ao planeta,
Mas
findou sem condição
De
crer naquilo por ser
Real
só na ficção.
9
Teve
uma percepção
Que
aquele espetacular
Fato
que ali ocorria
Era
algo a relacionar
Com
algum teste de mísseis
Que
estava a se efetuar.
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Dormiu
ali pra esperar
Do
sol a iluminação,
Se
bem que, daquele “troço”,
Tal
era a fulguração
Que
não dava nem pra ver
A’
estelar constelação.
11
Mas
essa cintilação
Em
nada o vinha inspirar
A
se encaminhar seguro
Naquela
noite ao seu lar,
Que
abduzido ele achava
Que
poderia se achar.
12
Não
era de confiar
Em
estranha aparição.
Aquilo
mais parecia
“Negócio”
de ficção.
Era
melhor se manter
Ali
naquele galpão.
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Demorou
e a estação
“Pegou”,
então, a lotar.
Mas
ele não entendia
O
que viera a se dar
Praquele
povo todinho
Co’
aquilo não importar.
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O
tufão veio a girar
A
poucos metros do chão.
Antes
fazia das nuvens
Como
um cone em rotação
Feito
“como” de sorvete:
Era
o que dava a’ impressão!
15
Ao
olhar a estação
Lotando
pôde avistar
Que
muitas pessoas vinham
Daquele
tufão sem par...
Simplesmente
escorregavam
Pra
o chão daquele lugar.
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Pensou,
aí, se tratar
De
“uma outra” locomoção
Que
os países de primeiro
Mundo
e de mais instrusão
Haviam
desenvolvido
Pra
o transporte da nação.
17
Talvez
aquela estação
Fosse
usada pra testar
Protótipos
de aquipamentos
Que
se queriam levar
Às
indústrias montadoras
De
artigos sem similar.
18
Ou
talvez dado lugar
Detivesse
a condição
Perfeita
praqueles testes
Desse
transporte em questão
Que
mais parecia um cone
De
vento de furacão.
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Aquela
reflexão (c-s)
Fez
ele até se acalmar.
Mas
o fato é que nem isso
Conseguiu
o encorajar
A
deixar o tal galpão
No
qual viera a estar.
20
Não
queria se arriscar
Naquela
sua missão
De
descobrir toda a trama
Sobre
aquela aparição
Tão
doida que acontecia
No
largo da estação.
21
Ficou
como um espião
Que
fica a bisbilhotar.
De
vez em quando botava
A
cabeça pra olhar
De
fora o que acontecia
No
âmbito
da terra e do ar.
22
Mas,
aí, pôde notar
Uma
coisa “sem noção”.
O
rosto daquele povo
Brilhava
em transmutação.
E
quem era uma pessoa
Era
outra em transformação.
23
É
que, na ocasião
Em
que se podia olhar
Pra
face de uma pessoa,
Ali
no dado lugar,
Via-se
como fossem duas,
Ao
se diferenciar.
24
Dava
tanto pra notar
Uma
devida feição
Como
pra’ avistar que a face
Estava
em transformação.
Era
algo sem precedente.
Coisa
sem comparação.
25
Depois
daquela visão,
Maurício
quis escapar
De
toda aquela loucura,
Mas
não pôde se encontrar
Em
condições pra fazê-lo,
Pois
já não podia andar.
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Algo
o vinha segurar
Pelas
pernas co’ uma mão
Gigante
que abarcava
Toda
a sua compleição.
Tamanha
era a sisnistrez,
Que
ele se viu sem ação.
27
Tentou
gritar, só que não
Via
forças pra falar.
Havia
algo muito estranho
Que
o vinha a intimidar.
Tudo
era um vil pesadelo
E
não podia acordar.
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Quis
correr. Tentou gritar.
Quis
fazer gestos co’ a mão.
Tentou
balançar com força
A
cabeça, só que não
Conseguiu
mais fazer nada
Naquela
situação.
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Nem
sua imaginação
Veio
mais a funcionar.
“Se
encontrou” vegetativo,
Sem
forças pra respirar
E
terminou falecendo
Naquele
dado lugar.
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Fato
é que estava a passar
Por
surtos, na’ ocasião,
De
esquizofrenia aguda
E
ataque do coração.
Nem
o juízo ia bem,
Tão
pouco a circulação.
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Morreu
tendo a impressão
Que
o que estava a divisar
Era
real, mas não era,
Porém
não pôde escapar,
Faleceu
no ambulatório
De
um recinto hospitalar.
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Todavia,
questionar
O
veredito em questão
Pode
ser bem proveitoso
Pra
quem tem convicção
De
que o Maurício é que estava
Com
a inteira razão.
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Poderia
a ilusão
De
algo real se tratar.
O
hospital ser mentira,
Surto
não se constatar,
Nem
seu jovem coração
Estar
prestes a parar.
34
Mas
isso é de se esperar
De
filmes de ficção.
Todavia
ninguém pense
Que
tem, de todo, a razão,
Pois
nossa realidade
Pode
ser uma ilusão.
Autor:
RF Amaral
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