Embola-Cordel
Refrão alheio; quadras minhas, abaixo:
Vou amar.
Vou amar.
A mulher é
uma flor
E o homem é
seu amor.
Tem prazer
em “lhe” adorar.
1
Meu verso
tem esplendor.
Minha rima é
caprichosa.
Na luta
maravilhosa
Do verso eu
vou adentrar.
2
Batalha
prodigiosa
É essa do
improviso.
Tire o verso
do juízo,
Que a coisa
vai esquentar.
3
Só tu não
“sabe” que eu piso
O chão onde
você pisa.
Minha cabeça
improvisa,
Que eu nem
preciso pensar.
4
O verso não
finaliza
Na minha
mente ouriçada.
Só canto a
rima que agrada.
Só faço o
verso exemplar.
5
No coco da
embolada
Eu não
respeito a ninguém,
Que eu
sempre vou mais além
Que qualquer
que me enfrentar.
6
Minha
inspiração provém
Da zona onde
Deus habita.
Que’a’insuflação
infinita
Só Ele é
quem pode dar.
7
Minha rima
não irrita.
Meu verso
não aborrece.
A’estrofe
não causa estresse.
E a voz não
pode enjoar.
8
Eu, te
olhando, até parece
Que você
canta repente.
Mas, na
verdade, valente,
Só há uma
nesse lugar.
9
Deixo co’um
caco de dente
Quem me
desafia em rima.
Se você vier
pra cima,
Saiba o que
vai te esperar.
10
Nesse duelo
de esgrima
Eu já peguei
meu florete.
Vou te dar é
um cacete
Pra você me
respeitar.
11
Na mão eu
pego um porrete.
Te meto no
espinhaço.
Toda
ruindade hoje eu faço
Pra poder te
desbancar.
12
Você tem
muito é fracasso.
Vitória você
não tem,
Porque nunca
cantou bem
Nem pôde a goela
afinar.
13
Eu nunca
temi ninguém
E não vai
ser nessa hora
A primeira
vez. Cai fora
Pra você não
apanhar!
14
Minha rima o
povo adora.
Não tenho
medo de ti.
Acabo o teu
frenesi
E, o teu
frisson, vou findar.
15
Tu “deixa”
de tititi,
Que eu não
vou te dar arrego.
Vou acabar
teu sossego
Da pisa que
eu vou te dar.
16
Eu vou tirar
teu emprego,
Tua força,
tua estima,
Teu verso,
a’estrofe e a rima.
E findo por
te matar.
17
Aqui na
minha auto-estima
Ninguém
colocou a mão.
Se vier,
saiba, é em vão
Tentar
querer me afrontar.
18
Nunca temi
ninguém não,
Porque vou
temer agora?
Hoje o teu
corpo estupora
Dá surra que
eu vou te dar.
19
Você se caga
e implora
Pra todo
coquista bom
Não pôr fim
no seu frisson,
Quanto mais
eu no lugar?!
20
Você tá
ficando com
Algum tipo
de doença.
Tá doido,
mas a sentença
Eu não irei
revogar.
21
Pra que você
hoje vença
Essa peleja
da gente
Precisa que
o fogo ardente
Do’Inferno
venha apagar.
22
É impossível
somente
Pensar em
você ganhando.
Tu é quem
“vive” apelando.
Mas não adianta
implorar.
23
Você tá é se
mijando
Com medo de
levar surra.
Vou fazer
você de burra,
Depois em
cima montar.
24
Eu sou um
leão que urra.
É melhor tu
“ter” cuidado.
No repente
improvisado
Nunca deixei
de ganhar.
25
Sou muito
capacitado
Pra cantar
em qualquer canto.
Mas, de
você, só garanto
Que nunca
vai me assombrar.
26
Vou te
causar um quebranto,
Que tu “vai”
ficar de cama,
Depois te
espojar na lama
Pra o barro
te sufocar.
27
Pra acabar
minha fama
É preciso,
em alto grau,
Que Jesus se
torne mau
E Deus
queira isso aprovar.
28
Eu vou fazer
um jirau,
Que é pra
servir de tapume.
É bom que já
se acostume
Com’o jeito
de eu te tratar.
29
És um cravo
sem perfume;
Uma estrela
sem ter brilho;
Caminho de
trem sem trilho;
E uma praia
sem ter mar.
30
Você é um
empecilho
Pra o povo
que quer ouvir
Verso bom e
aplaudir,
Pois ninguém
quer te escutar.
31
Você não
sabe é pedir.
Peça que eu
te solto agora,
Nesse
instante, muito embora,
Eu queira te
torturar.
32
Eu vou te
rasgar de espora.
Te marcar de
cinturão.
Por fim, te
entregar ao Cão
Pra ele te
carregar.
33
Tanta ameaça
assim não
Me causa
qualquer temor.
Só tem medo
do senhor
Quem não
sabe improvisar.
34
Vou calcar
teu resplendor.
Exterminar
tua glória.
Consagrar
minha vitória.
E, no fim,
te destronar.
35
Tu “é” fraco
da memória!
Nunca me
venceu na vida.
Tua titela
comprida
Hoje aqui
vai me pagar.
36
Tu és louco
sem guarida.
Bêbado
querendo uma dose.
Drogado em
plena neurose.
Mendigo
pedindo em bar.
37
Vou te
causar overdose
De tanto
versejo ouvir.
Toma hoje o
teu elixir,
Que isso eu
não vou te negar!
38
Você que
precisa vir
A tomar
algum remédio.
Só é por meu
intermédio
Que tu
“pode” te curar.
39
Molestação e
assédio
É prática de
delinqüente.
E você, que
é indecente,
Não vive sem
praticar.
40
Você é um indigente
Que a
polícia tá atrás.
Deixa quem é
bom em paz!
Vai procurar
teu lugar!
41
O fruto do
Satanás
É só o mau
proceder.
Mas você
sabe fazer
O que ele
faz piorar.
42
Quem pensa
sabe entender
Tudo isso
que a gente diz.
Mas tu és um
infeliz
Que nada
sabe inculcar.
43
Eu nunca me
satisfiz
Com poeta
“labrojeiro”.
E hoje tive
o dia inteiro
Pra com você
me irritar.
44
Quero dizer
que, primeiro,
Você que tem
“labrojice”.
Segundo, um
disse-me-disse
Que ninguém
pode agüentar.
45
Deixa de
tanta tolice,
Que eu tô co’os
ouvidos moucos
De ouvir
esses versos loucos
Que tu
“insiste” em cantar.
46
Quis até
mostrar aos poucos
Meu talento
e minha força.
Mas, por
mais que eu me contorça,
Você não
quer me deixar.
47
Eu quis te
poupar que torça
Por uma
vitória tua,
Que aqui no
meio da rua
Você só veio
apanhar.
48
Não se iluda
com a lua,
O céu, o
mar, as estrelas,
Ao
contrário, lute pelas
Verdades
quando falar.
49
Estrelas?!
Eu posso vê-las,
Mas nem por
isso me iludo.
Só digo a
verdade em tudo.
Não sou de
vir me enganar.
50
Diante
disso eu fico mudo!
Pensei que a
verdade fosse
Que não há
fel no que é doce
Nem brilho
no teu cantar!
51
A tua rima
compôs-se
De ludíbrio
e de vasculho.
Mas, inda
que faça entulho,
No lixo vai
acabar.
52
Já teu verso
é cascabulho.
Resto do
coco sem água.
Mas meu
repente é a frágua
Pra o teu
restolho queimar.
53
Nem subindo
o Aconcágua
Você vai
ficar por alto.
Sou lava
quente, basalto
Em brasa pra
te esquentar.
54
Eu sou liga
de cobalto,
Ouro, prata,
ferro e cobre...
Mas, no
fogo, se descobre
Que não dá pra
desmanchar.
55
Você não é
metal nobre.
É do pior.
Não perdura.
Sua prata
não é pura;
E o ouro é
do mais vulgar.
56
Falando, eu
não quebro a jura.
Prometendo,
eu não desdigo.
Se eu disser
algo, o que eu digo
Há de se
concretizar.
57
Vou acabar
teu castigo,
Porque já
bati demais,
Que me
cansei... Aliás,
Eu nem
queria parar!
58
Inda tô com
todo o gás.
Mas você é
chulo e fraco.
Já te
enterrei no buraco.
Só falta a
cruz colocar.
59
Certo! Esse
teu verso opaco
Só vinga em
troça e mentira.
Mas vou
apagar a pira.
Não tem
graça mais ficar.
60
Ninguém aqui
te admira...
Mas, tá
certo, eu também paro
Ao ver que
não tens preparo
Pra poder me
suportar.
_Autor: RF Amaral_
Olá, Estou procurando está música há muito tempo. Vc sabe qual o nome e o grupo que canta ? se tiver un link no youtube seria ótimo. Muito Obrigada!
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