quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Reverendo Ronaldinho, O Expulsador de Demônios.

Reverendo Ronaldinho,
O Expulsador de Demônios.
1
Ainda quando menino,
Ronaldinho já pregava,
Mostrando de Deus o dom
Da pregação que ele herdava
Do seu pai, que foi pastor
E, da'igreja, um condutor
Quando ainda aqui estava.
2
Ronaldinho já falava
Que iria ser pregador,
Sendo ainda uma criança
Bem no início do fervor
Da vida primaveril
E esse pendor infantil
Provinha do Criador.
3
Quando seu pai, o pastor
João Wesley de Andrade,
Ainda em vida pregava
Para toda a cristandade,
Colocava o seu renovo
Para cantar para o povo
Da cristã comunidade.
4
Sendo ali que, na verdade,
Estimulava o menino
À evangelização
E ao abençoado ensino
Para que, quando crescesse,
No trabalho, o sucedesse,
Cumprindo assim seu destino.
5
Sendo antes um peregrino
Pregador itinerante,
Seu genitor, João Wesley,
Encontrara-se em constante
Luta contra as hostes vis,
Expulsando entes hostis
De pessoas todo instante.
6
E a lida evangelizante
Do seu pai foi para o filho
Um exemplo a ser seguido
Devido à luz em seu trilho,
Num caminhar tão fiel
Que resguardava o laurel
Da paz do celeste brilho.
7
E, quando, sem empecilho,
Seu pai os céus adentrou,
O filho, por incumbência
Do Criador que o chamou,
Seguiu da lida o exemplo,
No templo e fora do templo,
Pregando o Deus que o salvou.
8
Como o pai, se deparou
Com potestades do mal.
E, no nome de Jesus
Esconjurou o infernal
Espírito mau que afligia
As gentes, e assim, seguia
Trazendo à paz ao local.
9
E aqui começa o focal
Ponto desta exposição.
Pois que, entre os seus exorcismos,
Houve uma situação
Que o abalou sobremodo...
E até mesmo eu me incomodo
Ao seguir a narração.
10
Deu-se numa ocasião
Uma confusão sem par,
Semelhante a que Davi
Teve um dia que enfrentar.
Ronaldinho se abalou,
No entanto, não hesitou
Em partir para ajudar.
11
É que um amigo exemplar
Havia se desviado
Do caminho de Jesus
E até já tinha se dado
À pagã necromancia
E, aconteceu pois, que um dia
Caiu endemoniado.
12
Ronaldinho, acabrunhado,
Devido à notícia hostil,
Partiu para a moradia
De quem - no tempo infantil,
Fora seu maior amigo -
Pra' expulsar do seu abrigo
Aquele demônio vil.
13
De forma nada sutil
O demônio o afrontou
Quando ele se pôs de pé
No quarto e iniciou
Sua prece, em contrição,
Por concessão do perdão
Do Deus que tudo criou.
14
Porém ele terminou
Aquela dada oração,
Mesmo diante dos gritos
Do amigo na' habitação.
E, após, os olhos abrir,
Sem se deixar inibir,
Postou-se em confrontação.
15
E, enquanto a'esconjuração
No lar se desenvolvia,
Coisas estranhas se davam
Dentro da tal moradia,
Mas o forte Ronaldinho
Seguia sem desalinho
O exorcismo que fazia.
16
Só sei que, naquele dia,
Algo incomum ocorreu...
É que, em tantos exorcismos
Que ele mesmo empreendeu,
Demônio nenhum achara
Que o resistisse na cara,
Como co'o tal ocorreu.
17
O possuído se ergueu
E começou a jogar
Coisas sobre Ronaldinho
Para tentar evitar
Que ele ali o expulsasse
E, por mais, que se ordenasse,
Ele insistia em ficar.
18
No entanto, sem se deixar
Levar pela ocasião,
Ronaldinho a Deus pediu
Que, à sua disposição,
O Mesmo ali colocasse
Um arcanjo que enfrentasse
Aquele espírito em questão.
19
Já, após a petição,
Mais leve a coisa ficou.
E, mesmo ante horríveis brados,
O possuído sentou
Na cama e, aí, Ronaldinho
Com calma e sem desalinho,
O exorcismo retomou.
20
Fato é que o bem triunfou
Diante de um mal relutante.
Mas Ronaldinho de Andrade
Nunca esqueceu desse instante
Em que se viu confrontado,
Mas muito aprendeu co'o dado
Momento e seguiu adiante.
21
Seu amigo, hoje, durante
O culto e as orações,
Medita no acontecido
E acha nas reflexões (c-s)
Conforto pra sua alma,
Que agora desfruta a calma
Que Deus põe nos corações.
22
Fecundas são as razões
Excelsas do Criador.
Luta contra o Inimigo;
Impede o mal do Opressor;
Pára as ações diabólicas;
E prende o Devorador.
23
Assim, medita sem dor
Mais e mais na Viva Luz.
Age com fé e amor.
Resguardando a paz que induz
Ao Lar Sagrado do Alvor
Libertador de Jesus.

Autor: Poeta Felipe Amaral

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