1
O céu se mostra
cinzento
E eu muito
desalentado.
Mas aguardo com
agrado
Pelo sussurrar
do vento.
Que ele me traz
o alento
Do qual tenho
precisão.
Pois é na
ventilação
Que eu posso a
alma insuflar.
Quero a brisa
a me ofertar
Lampejos de
inspiração.
2
A tarde se
mostra opaca.
O peito ainda
vazio.
No entanto,
chegando o frio,
A tristeza em
mim afraca.
Porque a brisa destaca
O plano da
imensidão
E, em cada
estrela, uma mão
Que me ajuda a
levantar.
Quero a brisa
a me ofertar
Lampejos de
inspiração.
3
As nuvens
acinzentadas
Fazem o céu mais
escuro...
E o que eu
buscava, procuro
Nas estrelas
camufladas
Pelas nuvens
anegradas
Pelo clima
temporão.
Então recebo a
missão
De uma canção
decantar.
Quero a brisa
a me ofertar
Lampejos de
inspiração.
4
O céu azul dá
entrada
A um mais
escurecido
E eu encontro
algum sentido
Pra canção ser
decantada.
Entro pela
madrugada
Tocando o meu violão
Pra que toque o
coração
De quem vem a me
escutar.
Quero a brisa
a me ofertar
Lampejos de
inspiração.
5
Parto seguindo a
estrada
Dos bardos
medievais,
Tendo a aragem
que traz
Doce
encantamento a cada
Estrofe por mim
cantada
E encontro
satisfação
Andando na
condição
De poeta
popular.
Quero a brisa
a me ofertar
Lampejos de
inspiração.
6
É na brisa fria
e leve
Que eu acho
aquilo que busco,
Contemplando o
brilho fusco
Da noite
invernal que deve
Entusiasmar
muito em breve
O meu espírito
cristão
Pra que eu, em
composição
Bela, a possa
retratar.
Quero a brisa
a me ofertar
Lampejos de
inspiração.
7
A ventania me
leva
A lugares de
delícias
E, assim,
esqueço as sevícias
Da vida que
“aos” males ceva.
Que, mesmo
fitando a treva
Noturna, eu acho
a visão
Mais bela na
amplidão
Da’inspiração
salutar.
Quero a brisa
a me ofertar
Lampejos de
inspiração.
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