segunda-feira, 4 de junho de 2012

O ar é o repouso eterno/ Da poesia da vida.

1
Toda a minha inspiração
Vem de algo subjacente
Que estimula a minha mente
E me traz a condição
De fazer composição
De uma essência revestida
Que torna a vida vivida
Repleta de amor fraterno.
O ar é o repouso eterno
Da poesia da vida.
2
A brisa que sopra traz
Um dom divino que vem
Ao meu ser e me faz bem,
Porquanto me satisfaz.
De sorte que à alma apraz
E a faz mais constituída
De uma emoção que convida
O ser a ficar mais terno.
O ar é o repouso eterno
Da poesia da vida.
3
A imensidão do espaço
Traz-me o sussurro do vento
Que me faz, dado momento,
Erguer-me sobre o cansaço.
Não mais vislumbro o fracasso,
Pois esse estímulo liquida
Todo mal, dando guarida
A um bem-estar interno.
O ar é o repouso eterno
Da poesia da vida.
4
Ao fim da tarde a aragem
Oferta-me o doce som
Da voz divina que o dom
Poético traz por mensagem.
Encontro-me com coragem
Pra do lar fazer saída
E, posterior à partida,
Entoar o hino superno.
O ar é o repouso eterno
Da poesia da vida.
5
A ventania me leva
A cantar lindas canções.
Me acho envolto em emoções
E dissipo toda a treva.
Meu próprio espírito me enleva
E a voz pelo povo ouvida
Ecoa em plena avenida
E o meu talento eu externo.
O ar é o repouso eterno
Da poesia da vida.
6
Sopra o ar diante da neve
Que embranquece toda a grama.
E a minha’alma se proclama
Inspirada pra que leve
Muito amor, ao ser que deve
Estar co’a alma doída,
Para curar-lhe a ferida
Que dói bem mais no inverno.
O ar é o repouso eterno
Da poesia da vida.

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