1
Toda a minha inspiração
Vem de algo subjacente
Que estimula a minha mente
E me traz a condição
De fazer composição
De uma essência revestida
Que torna a vida vivida
Repleta de amor fraterno.
O ar é o repouso eterno
Da poesia da vida.
2
A brisa que
sopra traz
Um dom divino
que vem
Ao meu ser e me
faz bem,
Porquanto me
satisfaz.
De sorte que à
alma apraz
E a faz mais
constituída
De uma emoção
que convida
O ser a ficar
mais terno.
O ar é o repouso eterno
Da poesia da vida.
3
A imensidão do
espaço
Traz-me o
sussurro do vento
Que me faz, dado
momento,
Erguer-me sobre
o cansaço.
Não mais
vislumbro o fracasso,
Pois esse
estímulo liquida
Todo mal, dando
guarida
A um bem-estar
interno.
O ar é o repouso eterno
Da poesia da vida.
4
Ao fim da tarde
a aragem
Oferta-me o doce
som
Da voz divina
que o dom
Poético
traz por mensagem.
Encontro-me com
coragem
Pra do lar fazer
saída
E, posterior à
partida,
Entoar o hino
superno.
O ar é o repouso eterno
Da poesia da vida.
5
A ventania me
leva
A cantar lindas
canções.
Me acho envolto
em emoções
E dissipo toda a
treva.
Meu próprio espírito
me enleva
E a voz pelo
povo ouvida
Ecoa em plena
avenida
E o meu talento
eu externo.
O ar é o repouso eterno
Da poesia da vida.
6
Sopra o ar diante
da neve
Que embranquece
toda a grama.
E a minha’alma
se proclama
Inspirada pra
que leve
Muito amor, ao
ser que deve
Estar co’a alma
doída,
Para curar-lhe a
ferida
Que dói bem mais
no inverno.
O ar é o repouso eterno
Da poesia da vida.
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