Soneto “Tédio”
1
Vaga a nau do destino ante a
procela.
Vaga o ser. Vaga e mente a
vida vaga.
Tudo é vão. Tudo é vago. Luz
que apaga.
Tremeluz o “negror” e a noite
vela.
O que sobra é pensar no que
revela
Algo mais a pensar pra o que
divaga.
Traga o tédio o vigor. A vida
traga.
Ademais, o que fica, jaz na
cela.
Mina a força o esplim. Mina o
sorriso.
Cada rua, uma lágrima, um
aviso
Do que pulsa no peito
“insalutar”.
Triste vida... O fulgor da
paz se esvai.
Coração pertinaz que em dor
contrai.
É o fim. É a morte a me
chamar.
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